O Jogo

Grande volta com Bento

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O golo à Dinamarca no Euro’2012 foi o melhor momento na Seleção, supõe-se...

●●● —Na Seleção foi o golo mais importante que marquei. Foi muito festejado pela importânci­a, precisávam­os de uma vitória para ficarmos com possibilid­ade de nos apurarmos. No jogo anterior, perdemos 0-1 contra a Alemanha. Nesse jogo, entrei e tive uma oportunida­de para marcar. O guardarede­s fez uma grande defesa, eu depois de ver o lance fiquei a achar que podia ter feito ali outra coisa, mas depois de ver é fácil. Contudo, não baixei a cabeça. Continuei, esperei outra vez pela minha oportunida­de e, quando entrei, marquei.

Marcou num Europeu e num Mundial. Sentia que era um jogador em quem os treinadore­s podiam confiar?

—A Imprensa dizia que eu era a arma secreta [risos]. Eu sentia que era um jogador que estava ali para ajudar, quer jogasse ou não, estava sempre disponível. O Paulo Bento teve uma conversa comigo, porque eu tinha estado com ele no Sporting, foi com ele que saí e, mais tarde, fui com ele à Seleção. Isto é para percebermo­s que as coisas mudam. Com trabalho e persistênc­ia,podemoscon­seguir os nossos objetivos e mudar as ideias, neste caso de um treinador. A imprensa falava muito que ele se dava mal comigo e eu nunca tinha falado nada, nem ele. Disse ‘oh míster, nunca falei nada, o míster também não. Nós sabemos o que aconteceu, o míster falou comigo, eu saí, não houve problema nenhum, amigos na mesma, hoje estamos aqui e eu para ajudar, estamos aqui um para o outro para ajudar Portugal’. Nos anos seguintes, com o Paulo Bento, fui quase sempre chamado por ele.

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