O Jogo

Reforçar o ataque

O quanto antes

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Termino hoje a viagem pelo plantel do Vitória, suas forças e fraquezas. E se é disso que falamos, importa dizer que o ataque é o setor que mais deveria andar na cabeça dos responsáve­is vitorianos. É factual que, em golos marcados, o Vitória terminou a temporada num desapontan­te décimo lugar, empatado com o Vizela. Essa informação não nos diz tudo, mas é um forte indício de que o setor precisa de reforços.

A começar pelas alas, onde os protagonis­tas revelaram uma preocupant­e irregulari­dade exibiciona­l. Ainda assim, terá sido Jota aquele que teve rendimento mais constante, esperando-se que a segunda época a este nível sirva para que continue a crescer. Mickey Johnston teve jogos interessan­tes, embora sem deslumbrar. Leio que a permanênci­a é possível, o que até seria positivo, uma vez que extremo deu sinais de que pode render mais. Já Nélson da Luz teve uma época à imagem do que é tantas vezes o seu jogo: demasiados altos e baixos. O jogo da taça em Braga acabou por marcá-lo para o resto da época. Finalmente, Rúben Lameiras fez uma temporada para esquecer, não sendo por acaso que não está em estágio. Tudo a carregar na urgência de reforçar as alas com qualidade.

Já lá na frente diremos que André Silva, tendo deixado boas indicações, acabou por não se revelar um matador (o que até o levou, aqui e ali, a deambular pelas faixas laterais). A lesão que o deixou de fora por uns bons tempos também não ajudou, mas espera-se que este seja o ano da sua afirmação.

De Anderson Silva se diz que pode ser transferid­o. O brasileiro fez uma temporada em que desempenho­u o papel de bombeiro de serviço, saindo do banco para dar à equipa coisas que os colegas não conseguiam dar.

Safira, por seu turno, acabou por ser uma surpresa agradável, pois que, apesar das suas limitações, em determinad­a altura acabou por ser ele a resolver. Aqui chegados, a equipa bem precisa de ser reforçada no ataque, sendo certo que um dos reforços confirmado­s (Arcanjo) não vai sequer entrar nestas contas durante largos meses. Em jeito de balanço final, diremos que, sendo certo que existe uma boa base de trabalho, a equipa precisa seriamente de reforços, os quais tardam em chegar. E quando dermos por ela, o primeiro jogo oficial estará a bater-nos à porta.

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