BRONZE REPARTIDO SOUBE A POUCO
Portugal igualou o recorde de 15 medalhas, mas as derrotas dos homens, no futebol e no ténis de mesa, foram amargas
O ténis de mesa viveu uma manhã rara na Hutnik Arena de Cracóvia, com Portugal e França a discutirem o bronze em masculinos e femininos. As medalhas repartiramse, mas de forma desigual.
Estavam cerca de 200 pessoas nas bancadas, número razoável para uma manhã de ténis de mesa com entradas pagas, mas o espetáculo merecia mais. Portugal atingiu a 14.ª medalha nos Jogos Europeus de Cracóvia’2023 – a 15.ª chegaria de tarde e a 80 quilómetros, com o bronze do futebol de praia feminino – graças ao terceiro lugar da equipa feminina, que bateu a França por 3-0, falhando o mesmo feito no masculino, com os gauleses a festejarem um 3-2 muito renhido.
Tendoacompetiçãoporequipas gerado a curiosidade de colocar Portugal frente à França na luta pelo bronze de ambos os sexos, os jogos foram lado a lado e em simultâneo. Portugal, inferior em todos os rankings – 11.º contra nono no masculino, 55.º contra 23.º no feminino, mas também abaixo em todos os individuais – entrou melhor nos dois pares, comumespantoso3-0nomasculino,utilizandoMarcosFreitas e Tiago Apolónia, e um surpreendente 3-1 no feminino, com Fu Yu e Matilde Pinto.
“Nunca treinamos juntas”, disse Fu Yu sobre o par inédito com a jovem de 17 anos do CTM Mirandela. A dupla francesa era 20.ª mundial e as surpresas não ficariam aí. Jieni Shao, 44.ª mundial, virou de 0-2 para 3-2 perante Jia Nan
“Agora vamos continuar a treinar e procurar o apuramento para os Jogos Olímpicos” Marcos Freitas Jogador da Seleção Nacional
Yuan (20.ª), deixando-a tão abalada que saiu do pavilhão para fumar um cigarro... “A Jieni acabou a vencer 3-2 e deume mais confiança”, acrescentou Fu Yu, que a seguir cumpriu a sua missão (3-1) e festejou o bronze após 1h38 de jogos. “Isto significa muito. Já tinha o ouro em individual,
faltava a medalha em equipas”, concluiu a melhor jogadora portuguesa.
Nos homens, entretanto, Geraldo perdera com Felix Lebrun, mas Apolónia batera o irmão Alexis. Portugal estava em vantagem e faltavam dois jogos. Marcos Freitas deu a sensação de poder vingar a final
de singulares perdida para Felix Lebrun, pois teve dois pontos para vencer o terceiro set e fazer 2-1, mas o jovem recuperou, venceu e abriu caminho a um último singular que era a esperança portuguesa, mas que teve Geraldo muito abaixo de Gauzy. Após 2h18, a derrota estava consumada.