Há penáltis de bronze e outros de desilusão
Equipa feminina estreou-se nos Jogos Europeus com uma medalha muito saudada, masculina falhou pela primeira vez o pódio
Se a medalha de bronze da estreante Seleção Nacional feminina era possível, até porque já tinha batido a Polónia na fase de grupos (2-1), voltando
agora a fazê-lo nos penáltis, muito graças à portentosa Jamila Marreiros – a algarvia foi escolhida para porta-estandarte de Portugal na Cerimónia de Encerramento de hoje (19h30) – a derrota e o quarto lugar da equipa masculina não estavam em nenhuma previsão. Os campeões da edição anterior também já tinham batido a Espanha a abrir o torneio (7-5), deixando-se desta vez levar para uma decisão nos penáltis onde tiveram um “apagão” absoluto (0-2).
No feminino, pois foi esse o jogo que abriu a tarde e valeu a festa, as polacas adiantaramse cedo, as portuguesas igualaram depois de Wiktoria
Kaczmarek ser expulsa e a equipa da casa fez o 2-1 com um remate de baliza a baliza da guardiã. Um excelente golo de Inês Cruz repôs a igualdade, as portuguesas falharam uma oportunidade para resolver, mas nas grandes penalidades contaram com Jamila Marreiros. Depois de ter parado 14 bolas durante o jogo, defendeu mais dois penáltis, uma polaca atirou ao lado e o 3-0 da festa estava feito. “Este é o começo de uma seleção e estamos a começar muito bem. Tivemos inteligência para controlar o jogo e atacar nos momentos certos”, analisou o técnico Alan Cavalcanti.
Nos homens, e depois do desempate nos penáltis perdido com a Suíça, que custou a final, um jogo de reviravoltas teve o mesmo desfecho. A Espanha abriu na frente, Portugal liderou nos 3-2 e 5-4, mas as expulsões de Bé Martins e Domingos Cabrera, a lesão de Coimbra e o 5-5 marcado por Ardil vieram em sucessão. Faltava o pior. “Não devíamos ter chegado aos penált is. Tivemos situações mais do que suficientes para vencer. Não sei se na cabeça dos jogadores ficou algum fantasma. Nunca tinha visto falhar quatro penáltis seguidos”, desabafou Mário Narciso sobre o final desesperante. Sem marcar uma só vez, Portugal foi quarto.