O Jogo

Pagar muito caro as desconcent­rações

FC Porto teve dois momentos negros em Montpellie­r, sofrendo a pior derrota da época (35-24) e cedendo o quinto lugar na Liga dos Campeões

- CARLOS FLÓRIDO

“Eles foram muito fortes na defesa e geraram as nossas faltas técnicas, disparando o resultado”

Carlos Resende Treinador do FC Porto

Quem preferir olhar para copos meios cheios pode registarqu­eoapuramen­todoFC Porto para o play-off da Liga dosCampeõe­s(atéaosexto­lugar) continua bem encaminhad­o e que o quinto lugar do Grupo B, perdido ontem para o Montpellie­r, pode ser recuperado na próxima semana, quando os franceses abrirem a segunda volta no Dragão Arena; quem se preocupa com copos meios vazios pode assustar-se por os 35-24 sofridos em França, na sétima jornada da Champions, representa­rem a pior derrota da temporada – com Resende havia um 28-40 com o Silkeborg, mas em jogo de pré-época – e a segunda consecutiv­a (ainda não tinha acontecido), depois do desaire caseiro com o Sporting.

Apesar do resultado muito pesado – e justo –, percebeu-se que a diferença entre as duas equipas é curta. De entrada até foram os portistas a deixar melhor imagem, virando o resultado (para 4-5) com dois contra-ataques seguidos de Martinez e Pedro Oliveira e tendo Hurtado a fazer depois o 5-6 e a ajudar a segurar a defesa após a segunda exclusão de Salina, logo aos 14’. Mas, depois de Diogo Oliveira entrar

para fazer um belo remate de anca e de a defesa passar a 5x1, apareceu o primeiro pesadelo: seis erros e remates perdidos permitiram um parcial de 6-0 ao Montpellie­r (15-9), incluindo dois golos seguidos do guardião Desbonnet a atirar para uma baliza vazia. Graças à boa entrada de Plaza, o campeão português reagiu e chegou ao intervalo com 18-13.

“Falhámos em algumas situações fáceis. Mas o início da segunda parte foi um desastre”, comentou Carlos Resende, abordando já o segundo

momento negro. O FC Porto precisou de sete minutos para marcar no segundo tempo, sofrendo seis golos que deixaram o resultado em 24-13. Daí até final o técnico portista tentou o ataque em 7x6, a defesa em 5x1, trocou jogadores, mas o máximo que conseguiu foi ir

mantendo a diferença nos mesmos números (ainda desceu a oito, mas também subiu a 13) e disfarçand­o uma falta de eficácia que no final era gritante: 51%, contra 71%. “Esperamos dar outra imagem e ter outro resultado na próxima semana”, despediu-se.

“Na segunda parte tivemos erros imperdoáve­is, aquele início foi um mistério”

Rui Silva Central do FC Porto

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Ignacio Plaza escapa à defesa francesa e atira para um dos seus quatro golos

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