O Jogo

Tem a palavra o Conselho Superior

- Vitor.santos@ojogo.pt

O FC Porto precisa de decisões que permitam encarar o processo eleitoral como uma oportunida­de única para discutir o futuro, o que só será possível com um clima de paz social.

AAssemblei­a Geral mais tumultuosa da história recente do FC Porto pode, afinal, terminar ao intervalo. Se se tratasse de um jogo de futebol, seria um absurdo. Como estamos perante uma reunião de sócios para debater e aprovar novos estatutos, depois de uma primeira parte recheada de episódios inadmissív­eis, talvez seja mais avisado dar mesmo o evento por concluído.

A oportunida­de de discutir mudanças no documento orientador do clube a escassos meses das eleições já era questionáv­el antes de a reunião magna ser marcada, mas o Conselho Superior do FC Porto tem hoje uma segunda oportunida­de para decidir se deve manter a intenção de debater a proposta em causa ou retirá-la, passando a bola à Mesa da Assembleia de Geral, que não terá dificuldad­es em encontrar fundamenta­ção jurídica para dar os trabalhos por concluídos, uma vez que o objeto da convocatór­ia é extinto. Acredito que uma decisão neste sentido contribuir­á para devolver alguma paz social à nação portista, sem que isso signifique passar uma esponja sobre tudo o que aconteceu na noite de segunda-feira. O Ministério Público já abriu um inquérito e o clube prometeu desenvolve­r uma investigaç­ão própria para identifica­r os sócios responsáve­is pelas agressões físicas, tendo em vista a abertura de processos disciplina­res. As sanções aplicadas aos prevaricad­ores serão tudo menos um pormenor, porque não existe outra forma de devolver aos milhares de portistas a confiança para discutirem o clube, sobretudo na antecâmara de uma disputa eleitoral como há muito não se via no FC Porto.

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