Faltou um ponto para igualar Pedro Martins
Com Álvaro Pacheco no comando há oito jogos na I Liga, vitorianos chegam à 15.ª jornada com a segunda melhor pontuação das últimas sete temporadas
Em 2016/17, os vitorianos fizeram 30 pontos em nove vitórias e três empates, com um treinador desde o início. O Vitória atual, com duas mudanças no comando técnico, fez quase o mesmo.
Ainda há muito caminho pela frente, mas o presente pode encher de orgulho os responsáveis do V. Guimarães. Os 29 pontos conquistados à 15.ª jornada constituem um registo significativo, numa época que arrancou atormentada e marcada por duas mudanças no comando técnico. Agora com Álvaro Pacheco, e com oito jogos na I Liga, o V. Guimarães chega a esta altura com a segunda melhor pontuação nos últimos sete anos desportivos.
O triunfo na receção ao Rio Ave, na antecipação da jornada, redobrou o ânimo do V. Guimarães para o dérbi em Braga, primeiro desafio de 2024, deixando o emblema a apenas a um ponto de igualar o feito de Pedro Martins, em 2016/17. A principal diferença entre o desempenho do Vitória da atualidade e o de Martins reside no número de derrotas (quatro agora, contra três). Álvaro Pacheco teve razão, ao reconhecer que o cenário “dá responsabilidade para o próximo ano, há muitos objetivos para cumprir.” As expectativas vão aumentando à medida que aumentam as conquistas da equipa em direção ao sempre desejado lugar europeu. Tanto que António Miguel Cardoso, na sua mensagem de Natal, deixou no ar a “convicção” de que “o clube está cada vez mais próximo de alcançar importantes conquistas.” Para o presidente, o “futuro deve ser encarado com o otimismo e a lucidez possíveis.” De qualquer forma, a despedida de 2023 só pode ser feita com muito espumante, face aos nove triunfos, os mesmos obtidos por Pedro Martins, com a particularidade de um deles ter sido frente a um dos candidatos ao título.
Uma proeza que não abunda no palmarés do V. Guimarães, pelo menos no hiato temporal considerado nesta análise. Álvaro Pacheco conseguiu mais do que Pedro Martins no confronto com o Sporting (vitória versus empate). Em termos de coesão nos setores, a defesa apresenta idêntica solidez (17 golos sofridos) e uma diferença residual de dois golos marcados (25 contra 27). Menos dois remates certeiros em 2023/24 não representam um problema no que toca aos índices de eficácia. Se estes dados forem percecionados como bom augúrio, então o V. Guimarães pode seguir firme e seguro, porque há sete anos terminou com 62 pontos, em quarto lugar... e acima do arquirrival Braga.