UM BOXING DAY AVERMELHADO
INGLATERRA Liverpool isolou-se no topo graças a uma ajuda do Manchester United
Golos de Darwin e de Diogo Jota deram o triunfo aos reds em casa do Burnley. Já em Old Trafford, o Aston Villa esteve a vencer, mas concedeu a reviravolta e descolou do topo.
Foi um boxing day entusiasmante e pintado a tons de vermelho, aquele que se viveu ontem no futebol inglês, com mexidas no topo da tabela. O Liverpoolisolou-senocomando ao vencer em casa do Burnley (2-0) a meio da tarde e, já à noite, o Aston Villa podia igualar os reds no topo, mas acabou por ser surpreendido pelo Manchester United (3-2), que deu assim uma preciosa ajuda ao rival da cidade vizinha.
Quando Darwin Nuñez fez o 1-0 para o Liverpool logo aos seis minutos de jogo, pensavase que iria ter uma tarde descansada em casa da pior equipa da Premier League a jogar em casa – o Burnley só tem uma vitória no seu recinto em dez jogos. E não faltaram ocasiões para tal aos pupilos de Klopp, que até ao intervalo tiveram mais sete oportunidades flagrantes.
O Burnley vivia um autêntico pesadelo nas imediações da sua baliza, mas o guarda-redes Trafford, de 21 anos, ia apagando todos os “fogos” que lhe apareciam à frente. Por outro lado, Salah estava em dia não, atirando à barra na melhor oportunidade de que dispôs. Darwin também foi perdulário noutros lances, apesar de ontem ter acabado com um jejum de golos na Premier que já durava desde 29 de outubro.
Com tanto desperdício, o Burnley ameaçou o empate na segunda parte, mas foi Diogo Jota a acabar com as dúvidas já à entrada do tempo de compensação (ver peça ao lado). “Gosteidanossaexibição,mas devíamos ter marcado mais golos”, comentou Jurgen Klopp, referindo-se depois a Diogo Jota: “O golo que marcou é o golo de um rapaz cheio de convicção.”
Bruno e Dalot sempre em rotação máxima
Com este triunfo, o Liverpool terminava isolado no primeiro lugar, mas o Aston Villa teria pouco depois a oportunidade para voltar a colar-se aos reds. E o espanhol Unai Emery começou por ver os seus jogadores darem uma ótima resposta aos seus pedidos, com dois golos de rajada ainda na primeira parte. Num jogo de ritmo intenso e com muito mais vontade de marcar do que preocupações em não sofrer golos (de parte a parte), os villans marcaram dois tentos em cinco minutos, entre os 22’ e os 27’. Primeiro por McGinn, num centro que entrou diretamente na baliza e provocoucríticasaOnana.Depois num remate de Dendoncker na pequena área após passe de Lenglet.
Erik Ten Hag era o desânimo em pessoa, mas a verdade é que logo se percebeu que os red devils não queriam deixar ficar mal o seu treinador. Bem comandados por Bruno Fernandes e com Dalot a jogar no máximo empenho, o United contou com a irreverência do jovem Garnacho para conseguir empatar, com golos aos 59’ e aos 72’. No primeiro, a jogada começou com um roubo de bola de Bruno Fernandes.
O Manchester United via re
compensado o seu esforço bem a tempo de chegar ao triunfo, o que conseguiu com toda a justiça. A pressão era sufocante para o Aston Villa quando, aos 82’, Hojlund fez o golo no coração da área após um mau alívio de um defesa.
Respiraram fundo os red devils, que ficam a oito pontos do Villa, que é terceiro. Amanhã o Arsenal recebe o West Ham e se vencer, recupera a liderança.
“Gostei da nossa exibição, mas devíamos ter marcado mais. O golo que Diogo Jota marcou é o golo de um rapaz cheio de convicção” Jurgen Klopp
Treinador do Liverpool
“Estou feliz pelos avançados terem marcado, porque era disso que precisávamos. Hojlund, Rashford e Garnacho são bons finalizadores. Têm é que mostrar isso em todos os jogos. Têm que ser responsáveis, terem autoconfiança e aproveitarem as chances que têm”
Erik Ten Hag Treinador do Manchester United