O Jogo

UM BOXING DAY AVERMELHAD­O

INGLATERRA Liverpool isolou-se no topo graças a uma ajuda do Manchester United

- RODRIGO CORTEZ

Golos de Darwin e de Diogo Jota deram o triunfo aos reds em casa do Burnley. Já em Old Trafford, o Aston Villa esteve a vencer, mas concedeu a reviravolt­a e descolou do topo.

Foi um boxing day entusiasma­nte e pintado a tons de vermelho, aquele que se viveu ontem no futebol inglês, com mexidas no topo da tabela. O Liverpooli­solou-senocomand­o ao vencer em casa do Burnley (2-0) a meio da tarde e, já à noite, o Aston Villa podia igualar os reds no topo, mas acabou por ser surpreendi­do pelo Manchester United (3-2), que deu assim uma preciosa ajuda ao rival da cidade vizinha.

Quando Darwin Nuñez fez o 1-0 para o Liverpool logo aos seis minutos de jogo, pensavase que iria ter uma tarde descansada em casa da pior equipa da Premier League a jogar em casa – o Burnley só tem uma vitória no seu recinto em dez jogos. E não faltaram ocasiões para tal aos pupilos de Klopp, que até ao intervalo tiveram mais sete oportunida­des flagrantes.

O Burnley vivia um autêntico pesadelo nas imediações da sua baliza, mas o guarda-redes Trafford, de 21 anos, ia apagando todos os “fogos” que lhe apareciam à frente. Por outro lado, Salah estava em dia não, atirando à barra na melhor oportunida­de de que dispôs. Darwin também foi perdulário noutros lances, apesar de ontem ter acabado com um jejum de golos na Premier que já durava desde 29 de outubro.

Com tanto desperdíci­o, o Burnley ameaçou o empate na segunda parte, mas foi Diogo Jota a acabar com as dúvidas já à entrada do tempo de compensaçã­o (ver peça ao lado). “Gosteidano­ssaexibiçã­o,mas devíamos ter marcado mais golos”, comentou Jurgen Klopp, referindo-se depois a Diogo Jota: “O golo que marcou é o golo de um rapaz cheio de convicção.”

Bruno e Dalot sempre em rotação máxima

Com este triunfo, o Liverpool terminava isolado no primeiro lugar, mas o Aston Villa teria pouco depois a oportunida­de para voltar a colar-se aos reds. E o espanhol Unai Emery começou por ver os seus jogadores darem uma ótima resposta aos seus pedidos, com dois golos de rajada ainda na primeira parte. Num jogo de ritmo intenso e com muito mais vontade de marcar do que preocupaçõ­es em não sofrer golos (de parte a parte), os villans marcaram dois tentos em cinco minutos, entre os 22’ e os 27’. Primeiro por McGinn, num centro que entrou diretament­e na baliza e provocoucr­íticasaOna­na.Depois num remate de Dendoncker na pequena área após passe de Lenglet.

Erik Ten Hag era o desânimo em pessoa, mas a verdade é que logo se percebeu que os red devils não queriam deixar ficar mal o seu treinador. Bem comandados por Bruno Fernandes e com Dalot a jogar no máximo empenho, o United contou com a irreverênc­ia do jovem Garnacho para conseguir empatar, com golos aos 59’ e aos 72’. No primeiro, a jogada começou com um roubo de bola de Bruno Fernandes.

O Manchester United via re

compensado o seu esforço bem a tempo de chegar ao triunfo, o que conseguiu com toda a justiça. A pressão era sufocante para o Aston Villa quando, aos 82’, Hojlund fez o golo no coração da área após um mau alívio de um defesa.

Respiraram fundo os red devils, que ficam a oito pontos do Villa, que é terceiro. Amanhã o Arsenal recebe o West Ham e se vencer, recupera a liderança.

“Gostei da nossa exibição, mas devíamos ter marcado mais. O golo que Diogo Jota marcou é o golo de um rapaz cheio de convicção” Jurgen Klopp

Treinador do Liverpool

“Estou feliz pelos avançados terem marcado, porque era disso que precisávam­os. Hojlund, Rashford e Garnacho são bons finalizado­res. Têm é que mostrar isso em todos os jogos. Têm que ser responsáve­is, terem autoconfia­nça e aproveitar­em as chances que têm”

Erik Ten Hag Treinador do Manchester United

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