“Liga equatoriana foi especial”
RUI TAVARES Treinador de guarda-redes, natural de Olhão, trabalhou com Toni no Irão, foi campeão com Renato Paiva no Equador e está com Hélio Sousa no Catar
O título no Independiente del Valle, o primeiro da sua carreira e também na história do clube, encabeça uma lista de êxitos que fazem do técnico português um homem feliz, mesmo longe de casa.
Dez anos lá fora, oito clubes diferentes em seis países, e, claro, uma aprendizagem constante, tanto na sua área específica como na riqueza das culturas e relações humanas. Em entrevista a O JOGO, Rui
Tavares diz que o objetivo é continuar a ter sucesso nas suas tarefas diárias.
Dez anos a trabalhar no estrangeiro… que balanço? E porquê esta opção?
— O balanço é bastante positivo, entre títulos, troféus e trabalhar sempre ao mais alto nível, bem como ver o nosso desempenho reconhecido, em especial por aqueles que lutam a meu lado diariamente. A opção pelo estrangeiro foi algo que sempre tive em mente, mas, sinceramente, a ideia inicial era fazer duas ou três temporadas fora e voltar a trabalhar em Portugal.
Qual a melhor experiência, a que deu mais prazer e/ou tem melhores recordações?
—Guardo todas as experiências como uma aprendizagem, cada uma com as suas especificidades. Ganhar a Liga Equatoriana foi muito especial, por ter sido a primeira vez que eu e o clube conseguimos esse feito. Ter o recorde do Irão do guarda-redes com mais minutos consecutivos sem sofrer golos (940), trabalhar no Brasil
e sentir o calor dos adeptos a cada jogo, sempre com 40 mil espectadores, competindo naquelas condições, com os quadros competitivos carregados e a pressão dos adeptos... mas tenho outra grande recordação: quando cheguei à primeira liga no meu país e com o Olhanense, o clube da minha cidade.
Trabalhou com Toni, Renato Paiva, agora Hélio Sousa. É uma vantagem lidar com treinadores portugueses?
—O míster Toni, com quem estive no iraniano Tractor, é um ser humano como há poucos, um homem inteligente, de uma cultura geral e futebolística imensa, por quem nutro uma gratidão eterna. É um homem de discurso fluido, cujas mudanças de dicção faziam a plateia ficar em sentido em um segundo. Com Re
“A ideia inicial era fazer duas ou três temporadas no estrangeiro e voltar a Portugal”