Os 100 metros na maratona
O campeonato é uma prova de resistência, mas Campelos vê neste um jogo de velocidade de ponta
Sem Martim Neto, baixa por estar emprestado pelas águias, e sem armas novas providenciadas pelo mercado de inverno no ataque, Vítor Campelos conserva o otimismo na visita à Luz.
PEDRO GRANJA
O Gil Vicente, a exemplo do que já fez esta época contra os primeiros cinco classificados da Liga, vai à Luz discutir o jogo pelo jogo. Apesar das derrotas contra os três grandes, até começou a vencer frente a Sporting e FC Porto, caiu pela margem mínima em Barcelos (2-3), contra o adversário de hoje, empatando e vencendo nas receções a Braga e V. Guimarães, respetivamente. Face a esses desempenhos, a confiança de Vítor Campelos está em alta. “O Benfica é uma equipa de posse, com bons jogadores. O Di María, do lado direito, é muito forte a fletir para dentro e a rematar. Nas transições, o Rafa, com espaço, é muito perigoso. Mas o Benfica é forte no seu todo. Sabemos que temos de ser corajosos para termos bola, porque o Benfica não gosta dos momentos em que não a tem. Queremos entrar muito fortes e, se possível, ficar em vantagem”, acrescentou o técnico, concluindo que quer uma equipa a implementar uma “ideia de jogo que já está muito vincada. Estamos mais confiantes, não só pelas vitórias dos últimos dois jogos, mas tambémpelaqualidadedosjogos anteriores. Os seis pontos seguidos foram muito importantes. Apesar de isto ser uma maratona, vamos ter uma nova prova de 100 metros contra o Benfica. Queremos somar pontos, e se possível trazer três”, atirou.
De fora, por estar emprestado pelas águias,fica o médio Martim Neto, uma das principais revelações . Vítor Campelos reconheceu a importância de Neto - “um miúdo que está a crescer muito, e tive a oportunidade de lhe dizer isso” mas confia no substituto. Sobre o novo presidente, Avelino Dias, confessou ter gostado do discurso “positivo”.
“Estamos mais confiantes. Os seis pontos seguidos foram muito importantes” Vítor Campelos Treinador do Gil Vicente