Peseiro corre pela história
Super Águias perseguem um lugar na final contra uns Bafana Bafana à imagem da Espanha do Mundial’2010
Estádio da Paz, em Bouaké.
Árbitro: Amin Mohamed Omar (Egito)
NIGÉRIA
Nwabali; Ajayi, Troost-Ekong e Bassey; Aina, Onyeka, Iwobi e Zaidu; Simon, Osimhen e Lookman
Treinador: José Peseiro
ÁFRICA DO SUL
Williams; Mudau, Mvala, Kekana e Modiba; Mokoena, Zwane e Sithole; Morena, Makgopa e Tau
Treinador: Hugo Broos
Equipa-tipo sul-africana é formada por oito jogadores do Mamelodi Sundowns. A boa notícia para o técnico português é a recuperação de Osimhen, depois de ter falhado a viagem para Bouaké na segunda-feira
Chegou o dia das decisões... antes da grande decisão. Nigéria e África do Sul, às 17h00 portuguesas, e Costa do Marfim-República Democrática do Congo, às 20h00, disputam hoje o acesso à final da CAN que será sempre inédita, seja qual for o desfecho dos jogos de hoje.
O futebol português, refirase, tem representantes nas quatro seleções. O maior contingente, porém, é o nigeriano, desde logo devido ao selecionador: José Peseiro. Este não esconde a ambição de vencer a competição e fazer história, embora esteja consciente do valor do adversário, também devido a um fator muito específico.
“Quase todos os titulares jogam no mesmo clube [oito do Mamelodi Sundowns]. Fazme lembrar a seleção de Espanha que ganhou o Mundial’2010, com sete jogadores do Barcelona e três do Real Madrid. Tinha muita organização por causa disso, e esta equipa também tem. São muito compactos, não deixam espaços”, salientou o técnico luso, pedindo aos seus futebolistas para darem “100 por cento ou mais” perante uma “equipa muito boa, que eliminou Marrocos”.
Já ao fim da tarde, Peseiro recebeu uma boa notícia: Osimhen, avançado do Nápoles e estrela da companhia, recuperou do desconforto abdominal que o havia impedido de viajar para Bouaké na véspera e já se juntou ao resto da equipa, pelo que deverá manter o lugar no onze inicial das Super Águias – juntamente com o portista Zaidu.
Do outro lado estarão os Bafana Bafana, liderados pelo treinador mais velho do torneio (71 anos) e o único que já o venceu no passado: em 2017, então pela seleção dos Camarões. Valendo-se dessa experiência, Hugo Broos coloca a pressão do lado dos nigerianos, lembrando que a África do Sul (vencedora da competição em 1996) não chegava às meias-finais há 24 anos.
“Para muita gente, é inesperado. Eu penso que a Nigéria é favorita, mas nem sempre são os favoritos que ganham. Eles são uma equipa muito boa, com jogadores que jogam na Europa. Mas isso também é uma motivação para nós tentarmos provar que somos tão bons como eles”, realçou.
Apesar do arranque tremido, a anfitriã Costa do Marfim, onde sportinguista Diomande perdeu a titularidade, defronta a RD Congo, que conta o bracarense Banza nas fileiras. Os dois países somam dois títulos, mas o congoleses não chegam à final há 50 anos.
“Temos de dar 100 por cento ou mais. Eles eliminaram Marrocos” José Peseiro Selecionador da Nigéria