Schmidt “Nem tudo foi perfeito, falhámos golos”
O treinador do Benfica não estava à espera de enfrentar tantas dificuldades, mas promete mais e melhor no encontro da segunda mão
O alemão lamentou as oportunidades falhadas e o erro defensivo que esteve na origem do golo do Toulouse. Explicou a opção por Carreras em detrimento de Bah e salientou a justiça no resultado.
“Na primeira parte faltou um pouco de intensidade com e sem bola, mas também tivemos bons momentos”
Schmidt viu o Toulouse marcar “na única oportunidade” num jogo em que o Benfica teve “a mentalidade certa”. Quanto aos assobios dos adeptos, diz que tem de “tomar decisões”.
Que análise faz ao jogo?
—Na primeira parte poderíamos ter feito um pouco melhor no que diz respeito à velocidade do jogo, intensidade com e sem bola, mas, mesmo assim, ainda na primeira parte, criámos oportunidades muito boas para marcar. O Toulouse teve sempre muitos jogadores atrás, procurou os contra-ataques, mas também mostrou qualidade. Não é fácil, porque temos de correr mais riscos. É por isso que o jogo foi difícil. Procurámos conseguir um bom resultado para a segunda mão, cometemos um erro no golo do Toulouse, na única oportunidade que criou. A equipa teve a mentalidade certa e lutou até ao último segundo. Marcámos em dois penáltis claros, poderíamos ter feito mais golos e vencer é sempre bom.
“Tenho de concentrar-me no jogo. Adeptos têm sempre opinião sobre tudo. É normal. Isso não é um problema”
O resultado foi melhor que a exibição?
—Jogámos melhor do que aquilo que o 2-1 mostra. Tivemos muitas chances, dentro e fora da área. Tivemos ocasiões para marcar mais do que dois golos. Nem foi tudo perfeito, na primeira parte faltou um pouco de intensidade com e sem bola, mas também tivemos bons momentos.
O que disse aos jogadores ao intervalo?
—Num jogo internacional defrontamos adversários com qualidade. Eles tinham muitos jogadores atrás da bola e esperavam por nós. Tivemos alguns momentos na primeira parte mas podíamos ter mais agressividade e velocidade. Foi o que discutimos, acelerar o jogo. Fizemos uma segunda parte melhor.
O que queria quando trocou Carreras por Bah e meteu Aursnes à esquerda?
—Havia problemas naquele lado, nomeadamente a defender. Bah é muito dinâmico e muito bom a atacar, para ajudar Di María. Aursnes estava muito bem e não era uma opção para mim tirá-lo.
“Jogámos melhor do que aquilo que o 2-1 mostra. Tivemos muitas chances, dentro e fora da área”
A Liga Europa é a melhor forma de limpar a imagem na Champions?
—Nos últimos dois anos mostrámos grande imagem do Benfica na Champions.
Adeptos mostraram insatisfação com a exibição e com as substituições. Considera as críticas dos adeptos justas?
—Tenho de concentrar-me no jogo.Adeptos têm sempre opinião sobre tudo. É normal. Isso não é um problema. Tenho de tomar as decisões que considero serem certas para a equipa. O Arthur esteve bem, mas a determinada altura estava cansado e precisávamos de nova energia no ataque e foi por isso que entrou Marcos [Leonardo], que sofreu o penálti. As substituições foram boas. Bah e Neres também entraram bem.