Akhundzade e uma derrota para a história
●●● MANUEL CASACA
O Qarabag parecia que tinha sete vidas. Sempre que o Braga marcava e parecia caminhar para um desfecho positivo na eliminatória, a equipa azeri levantava-se, indiferente ao facto de jogar com menos um desde os 57 minutos, devido à expulsão de Jafarguliyev. No final, e quando tudo parecia apontar para a decisão da eliminatória através das grandes penalidades, o conjunto do Azerbaijão levou os adeptos à loucura e elevou Akhundzade a novo herói do país, marcando um golo naquela que é, certamente, a derrota mais feliz de um clube que entrou, pela primeira vez, nos oitavos de final da Liga Europa.
Defesa
O guarda-redes Lunev começou a mostrar-se quando a equipa mais precisou, comandando um setor que cometeu vários erros por sentir falta de Jafarguliyev, expulso por acumulação de cartões amarelos. Vesovic, o lateraldireito azeri, sobressaiu sobretudo em termos ofensivos, criando duas boas oportunidades para marcar, aos 37’ e aos 52’. E depois apareceu o ex-Moreirense Matheus Silva a ajudar a defender e a marcar o primeiro golo do Qarabag.
Meio-campo
Cara bem conhecida do futebol português por ter representado o Santa Clara, Júlio Romão formou uma boa dupla com o montenegrino Jankovic, tanto a defender como a atacar. Os dois estiveram bem acompanhados por Benzia, mas o argelino foi sacrificado e saiu aos 60’, para compensar a expulsão de Jafarguliyev.
Ataque
Bem apoiado por Leandro Amaral e pelos bons cruzamentos de Zoubir, Juninho Vieira criou problemas à defesa do Braga, falhando um golo, aos 40’, de forma escandalosa, quando tinha a baliza praticamente aberta.