Lançamento lateral
No final do encontro que disputou e perdeu, em Braga, José Mota, treinador do SC Farense, no seu estilo muito terra-a-terra, referiu ter o primeiro golo bracarense sido obtido na decorrência de um irregular lançamento de linha lateral, aludindo, para o efeito, que a bola saíra do terreno a considerável distância do local onde foi reposta em jogo. Obviamente, tal facto não foi razão única e primordial na jogada que promoveu o tento. A apatia dos jogadores da equipa algarvia que, olvidando, aparentemente, não existir fora-de-jogo em lançamentos de linha lateral e deixou Roger livre para assistir Banza, talvez seja mais razoável. Contudo, há que reconhecer verdade ao expressado pelo treinador dos algarvios. A bola saiu do terreno de jogo junto ao lado esquerdo do banco de suplentes visitantes, porém, o lançamento foi realizado uns metros depois da linha divisória do meiocampo. Pela prática e aprendizagem de anos, dirse-á ter sido uma irregularidade que, por incúria, distração ou simples indiferença, vem sendo recorrente nos jogos da principal divisão nacional. De facto, na mesma jornada, como em outras e outros jogos anteriores, em dado momento do jogo Casa Pia vs. Arouca, a bola superou a linha lateral junto à bandeirola de canto. Estranhamente, o árbitro assistente que, pertíssimo, sinalizara, determinou ao jogador que repôs a bola em jogo que o fizesse no enfiamento da marca de penálti, i.e., nove a dez metros do local. Estarão os árbitros errados? Talvez não! A Lei XV, reguladora do lançamento de linha lateral (Leis de Jogo 23/24 tradução oficial da FPF), em nada refere onde a bola deve ser reposta em jogo após ultrapassar a linha lateral.