Rúben Amorim “Alguns não têm mais para dar”
Treinador do Sporting assinala que a fadiga teve impacto na segunda parte, não entendendo que a rotação tenha feito perigar o resultado
A ineficácia continua a ser o maior aspeto a corrigir para o técnico verde e branco. Quanto ao clássico, preferiu chutar para canto e concentrar-se na Atalanta, mantendo a ideia de que é a Liga a prioridade.
Rúben Amorim destacou ●●● que em vários lances faltou o últimopasseouumbomremate para marcar mais golos.
“A Liga fica mais difícil. Os sportinguistas vão estar com o coração nas mãos, mas os jogadores precisam de ajuda”
Como analisa a partida?
—Houve ineficácia. Tirando isso gostei de tudo. Foram três ataques, em que o Farense fez dois golos. Estamos nessa fase. Fomos falhando golos, na segunda parte controlámos mais sem bola. Nas oportunidades que tivemos, faltou o último passe e o remate não saiu tão bem. Às vezes, parece que o mais fácil é o mais difícil. Mas queria realçar o sacrifício de toda a gente. Alguns não têm mais para dar. E foi uma vitória, quanto a mim, completamente justa.
“Estes pontos fazem a diferença. Era um jogo importante”
Entende que a rotação prejudicou a equipa?
—Alguns jogadores também saíram, porque já não conseguiam mais. Ao intervalo, falámos, fizemos essa gestão. Os jogadores deram tudo. O Pote disse que tinha de sair, o Hjulmand estava cansado. Temos a nossa grande prioridade, mas queremos jogar bem com a Atalanta. Não há quase tempo para recuperar.
Vai acompanhar o clássico?
—Não vou ver o clássico, estou cansado. Amanhã [hoje] vou
ver a Atalanta, hoje [ontem] vou brincar com os meus filhos.
É o Sporting o principal candidato ao título?
—Ocampeonatoestáemaberto. Todas as equipas vão perder pontos. Esta sequência de jogos tem muita influência.
Gostou de St. Juste?
—Ainda não está no máximo, é impossível, pois esteve muito tempo parado. Voltou muito bem, demonstrou-o com a bola, na velocidade que tem.
Festejou muito a vitória...
—Com o desenrolar do campeonato, vai ser mais difícil e
os sportinguistas vão estar sempre com o coração nas mãos. Sentia que hoje [ontem] era muito importante para a época. Estes pontos fazem todaadiferença.Osadeptossofrem, mas têm de saber que os jogadores precisam de ajuda.
Como está o Israel?
—Foi só um susto, tem a cara um pouco marcada dos pitons, mas está pronto para o próximo jogo. Jogou bem com os pés, foi uma exibição muito competente de um guarda-redes que tem muito futuro. Schmidt falou em Edwards, que tentou enganar o
árbitro. Merece-lhe algum comentário?
—Obviamente que não vou comentar essas declarações. O jogo com o Benfica é só daqui a um mês, depois logo darei atenção a isso.
Agrada-lhe a eficácia do Daniel Bragança?
—Queria, antes, que ele fizesse um bocadinho o que o Matheus Nunes fazia. Agora, joga mais pelo meio como uma espécie de “8” e passa para “10”. Percebemos melhor o que nos pode dar. Foi capitão, fez um grande golo, é um jogador muito importante para nós.