Nico assume e surge na frente
Médio vê recompensados vários meses de paciência e trabalho. Deu a marcar nos últimos dois jogos
O internacional sub-21 por Espanha assinou a melhor exibição pelo FC Porto no clássico. Além de ter assistido para o golo de Pepê, registou 96 por cento de eficácia no passe. Só falta mesmo o golo...
“El Maestro”. A alcunha, atribuída a Nico González, surgiu nas redes sociais do FC Porto depois de o espanhol ter sido unanimemente considerado um dos melhores em campo na goleada imposta ao Benfica (5-0). Além da assistência para Pepê, autor do quarto golo, o médio, 22 anos, foi o orquestrador da manobra azul e branca a partir do meio-campo, registando uma eficácia de passe de 96 por cento, a mais elevada nos 11 jogos que fez como titular de dragão ao peito. O ponto alto do bom momento de forma que atravessa e que tem mostrado um jogador mais incisivo na aproximação à área adversária. De tal forma, que já no jogo anterior, com o Santa Clara, serviu o tento da reviravolta a Galeno.
Nesta fase, o cartão de visita de Nico só continua a zeros no item dos golos marcados, algo que o ex-Barcelona pretende corrigir em breve. Até porque, como se tem visto, vai aparecendo cada vez mais em zonas de finalização. Contra o Benfica, surgiu em posição privilegiada na área a “mergulhar” para cabecear ligeiramente ao lado. Falta afinar a pontaria, mas esta faceta atacante do internacional sub-21 espanhol era, precisamente, uma das valências que Sérgio Conceição queria ver aperfeiçoada, a par da já muito badalada intensidade.
A entrada em 2024 marcou, de resto, um ponto de viragem na época de Nico González. O médio chegou a estar perto da saída do Dragão no mercado de inverno, mas, após boas indicações em 25 minutos no Bessa (5 de janeiro), agarrou uma vaga no meio-campo para não mais a largar. Só não foi titular contra Moreirense, por estar suspenso, e na visita ao Gil Vicente, por opção técnica. Aliás, basta olhar aos minutos somados antes e depois de 1 de janeiro: 270’ contra 1019’.
O FC Porto comprou o passe de Nico González ao Barcelona por 8,4 M€. Os “blaugrana” incluíram uma cláusula de recompra no acordo, de 30 M€, que é válida até junho de 2025