Amorim “Importante só para a nossa confiança”
Técnico do Sporting foi questionado sobre um posicionamento mais feroz da equipa para a definição do título mas afastou qualquer conforto
Técnico leonino usou várias vezes a palavra competência para realçar o esforço coletivo perante Arouca que deu luta diferente que o 0-3 faça supor, destacando defesa determinante de Israel.
“Depois do nosso golo, o Arouca tomou conta e terminou melhor a primeira parte. O Franco fez uma defesa determinante”
Rúben Amorim somou ●●● ontem o jogo 200 no Sporting, sendo apenas o segundo treinador a chegar a essa marca no emblema de Alvalade. E sai com 110 golos na temporada, a maior marca da carreira de leão ao peito numa só época, ainda com uma dezena de jogos para disputar. Destacou a capacidadedaequipaperceber os problemas do jogo.
“Foi um jogo muito difícil, um Arouca com uma dinâmica muito forte. Parece que foi fácil, mas foi muito complicado”
Este triunfo robusto esconde dificuldades?
—Houve uma história que se foi desenvolvendo. Depois do nosso golo, o Arouca tomou conta, terminou melhor a primeira parte. Nós soubemos comportar-nos como deveria ser, defendendo mais baixo, pressionando mais em cima. Na segunda parte tivemos a capacidade física de continuar apressionar,controlámosmelhor o Cristo, penso que fomos superiores. Um jogo muito difícil, uma equipa que tem uma dinâmica muito forte, é difícil controlar todos os movimentos. Parece que não, mas foi um jogo mesmo complicado.
Do que não gostou tanto?
—Durante cerca de 20 minutos, o Cristo estava com muito espaço, o Jason estava sempre homem para homem e
tentámos mudar a pressão, mas acho que não defendemos bem nem pressionámos nessa fase, tivemos algumas dificuldades. Sem grandes oportunidades, tirando a do Sylla, com uma grande defesa do Franco, um momento determinante.
Podem ter sido três pontos decisivos para a definição desta Liga?
—Não acho que sejam importantes para as contas da Liga, são importantes para a nossa confiança e parte mental. Tivemos um jogo com o Rio Ave que não correu tão bem, onde nos faltou algo. Hoje fomos sempre competentes a defender e a atacar. Aumenta a confiança mas sabemos que os jogos vão ser todos difíceis. Agora é tudo decisivo.
Sente embalo e algum conforto dentro do grupo?
—Da última vez que fomos campeões tínhamos dez pontos de avanço e não sentia qualquer almofada. Muito menos agora, só temos um ponto, é uma montanha a escalar. Há sempre jogos como o que tivemos com o Rio Ave. Tivemos um percalço e só temos um ponto, não há conforto.
“O Quaresma estava cansado, com dificuldade a perceber quando soltar a bola”
Que explicação dá para as saídas de Quaresma e Coates?
—Quaresma estava cansado, com dificuldades de perceber quando soltar a bola. Com os treinos conhecemos os jogadores e dá para distinguir uma má definição de cansaço. Inácio tinha limite de tempo para jogar, preferimos que acabasse e não começasse. O Coates sentiu algo e, à mínima situação, temos outros para meter. Caso perca algum, é sinal que vamos sobrecarregar outro.
“Resultado aumenta a confiança mas sabemos que os jogos vão ser todos difíceis. Agora é tudo decisivo”