Schmidt ganha embalo para Glasgow
Schmdit conquistou fôlego para o embate europeu, ao bater com alguma tranquilidade o Estoril, mas tem já outra “final” na casa do Rangers, onde não é só o Benfica que joga o futuro...
OBenfica teve a vitória que precisava, mesmo sem realizar uma exibição deslumbrante, chegou e sobrou para o frágil Estoril e afastou as nuvens carregadas que ameaçavam o futuro de Roger Schmidt, na ressaca de uma humilhação das antigas no Estádio do Dragão. A equipa não sentiu a ausência de Di María – seguramente ninguém teve mais de 40 participações inconsequentes em campo, como aconteceu com o argentino na quinta-feira – e também do inspirador João Neves, neste caso graças à qualidade das alternativas que possui para utilizar no meio-campo. Sobretudo Florentino, porque não restam dúvidas de que não existe, no plantel encarnado, outro jogador capaz de recuperar tantas bolas e de oferecer à equipa os equilíbrios indispensáveis para não passar os encontros em constante sobressalto. Tal como na época passada, Schmidt parece precisar de entrar na zona de risco máximo para perceber que o rendimento global de uma equipa de futebol é mais importante do que os humores das figuras mais destacadas do plantel.
Resta saber se o alemão ainda vai a tempo de manter as águias na luta pelos objetivos que restam na campanha – campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa. Glasgow é já a seguir, na próxima quinta-feira, e as notas de ontem são animadoras para o treinador. No entanto, para recuperar a confiança, é preciso mais. Tal como era obrigatório bater os canarinhos, também o desafio com o Rangers se apresenta como determinante, qualquer resultado que não dê qualificação voltará a cair em cima do treinador, que continua a ser contestado nas bancadas.