Aprilia quer mudar a época em Portimão
Oliveira conta com a sua paixão pela pista algarvia para andar na frente, Espargaró diz que no Catar foi “da certeza de vitória ao pesadelo”
Os testes e os primeiros treinos no Catar deixaram a Aprilia entusiasmada, para a corrida trazer outra realidade: Espargaró em oitavo, Viñales em décimo e Oliveira em 15.º. Portugal pode ser diferente.
“Foi um arranque difícil ●●● no MotoGP, mas estou satisfeito com o entusiasmo e trabalho duro da equipa. E por o Miguel conseguir somar um ponto, apesar de ter uma penalização”, comentou Justin Marks,onorte-americanoque é proprietário da Trackhouse Racing, dando um voto de confiança ao português após a abertura da época de MotoGP, que levou a Aprilia para uma dura realidade: as boas marcas em voltas cronometradas traduziram-se num oitavo lugar de Aleix Espargaró, décimo de Maverick Viñales e 15.º de Oliveira, este penalizado pelo castigo que trazia da época passada, uma volta longa. Os resultados não satisfizeram, mas os pilotos da Aprilia esperam uma reviravolta em Portimão, a partir de dia 22.
“A moto comporta-se de forma mais aceitável numa volta rápida, mas para ter ritmo de corrida, havendo menos aderência, mais voltas e a moto mais pesada, estamos ainda bastante longe”, admitiu Oliveira após a corrida do Catar, enquanto Viñales, lembrando que “o nosso nível e potencial
são maiores”, foi direto a um dos problemas: “O importante é como travamos, que toda a aerodinâmica empurra o
pneu dianteiro na direção errada. Pode ser um sinal de que estamos errados com o equilíbrio da moto”.
Espargaró, expansivo como sempre, diz que no sábado foi “para a cama com 100% de certeza de que venceria a corrida”, para no domingo ter “o pneu traseiro sem aderência, um pesadelo”. “Os testes, sprints e qualificação mostraram que a Aprilia funciona. Esperamos que a força aerodinâmica extra nos ajude na corrida em Portugal”, apostou ainda Espargaró.
“Vamos lá chegar. Vai demorar algum tempo, mas chegaremos. A Aprilia tem
pessoas bastante competentes a trabalhar, mas não sei em que ordem de prioridades a nossa equipa se vai colocar. Estamos a apoiar-nos na Aprilia e ao mesmo tempo a seguir os nossos caminhos e ideias para a moto”, contou Miguel Oliveira, com um dado animador para o Algarve: “Voltamos a uma pista em que no ano passado até correu bastante bem, essa é base que temos e vamos começar com ela para Portimão. A partir daí, é perceber que tipo de limitações teremos”. Além disso, tem uma certeza: “Em Portimão sou sempre bastante competitivo”.
“A moto comporta-se de forma aceitável numa volta rápida, no ritmo de corrida ainda estamos longe” Miguel Oliveira Trackhouse Aprilia