Roger Schmidt “Foi um teste para nós, tivemos mentalidade”
Treinador destaca a necessidade de ter paciência a jogar frente a equipas como o Casa Pia, mas realçou a importância da vitória antes da paragem, que vai servir para descansar
Técnico alemão ficou muito satisfeito com todo o jogo da equipa e contou aquilo que pediu aos jogadores ao intervalo. David Neres e Arthur Cabral foram decisivos a sair do banco.
RITA DA SILVA VIEIRA
Roger Schmidt ficou bastante satisfeito por ter conseguido garantir os três pontos antes da paragem das seleções. Arthur Cabral entrou para fazer a diferença, defendeu.
“Tivemos um jogo difícil, diante de um Casa Pia que defendeu bem e não deu muitos espaços”
Qual a importância desta vitória antes da paragem para as seleções?
—Todas as vitórias são importantes em todas as alturas, esta foi a última antes da paragem e torna-a mais importante. Temos vindo numa sequência de muitos jogos, mas o futebol é mesmo assim. Depois da vitória em Glasgow [para a Liga Europa], hoje [ontem] tivemos mais um jogo difícil, diante de um Casa Pia que defendeu bem e que não nos deu muitos espaços. Foi tambémumtestementalpara nós. Mas nós tivemos paciência e mentalidade para continuarmos a procurar o golo que nos deu a vitória e acabámos por conseguir marcar. Conseguimos um importante triunfo e estou feliz.
Na primeira parte a equipa pareceu algo cansada, talvez devido à sobrecarga de jogos. Acha que esta paragem vai acabar por ser benéfica para recuperar os níveis da equipa?
“Disse aos jogadores que tínhamos de continuar assim, a jogar com velocidade e a forçar erros”
“Fiquei satisfeito com o total dos 90 minutos, não só com a segunda parte”
—Não vi o jogo dessa forma, eu tenho uma ideia diferente daquilo que foi o jogo. Na primeira parte vi uma equipa a jogar bem e a falhar apenas no último passe. É muito difícil marcar golos ao Casa Pia, é uma das melhores defesas da nossa Liga. Mas ao intervalo estava completamente satisfeito com a prestação da equipa e o que disse aos jogadores foi que teríamos de continuar assim, jogando com velocidade e forçando os erros do adversário. Tínhamos também
de ter atenção ao contra-ataque do Casa Pia. No fundo, fiquei satisfeito com o total dos 90 minutos e não apenas com a segunda parte.
Esta vitória tornou-se ainda mais importante depois desta situação em redor de Kokçu [ver página 15]?
—Não. Foi uma vitória muito importante para nós. Claro que a situação do Kokçu não foi boa, especialmente entre dois jogos, mas a equipa esteve focada no jogo e no que tinha
de fazer em campo e isso foi o mais importante.
Arthur Cabral foi decisivo para a partida...
—A qualquer momento precisamos de qualidade individual, o Marcos Leonardo esteve bem, mas a partir de um certo momento precisávamos de outro tipo de jogador na frente, alguém com maior presença física. O Arthur entrou e fez oquetinhaafazer,assimcomo o David Neres. É sempre bom ter jogadores desta qualidade no banco prontos a entrar.
“Arthur? Precisávamos de alguém com maior presença física na área adversária”