“Demitir-me seria ato de cobardia”
Paulo Sérgio garante que não foge às responsabilidades e promete ir com os jogadores “até à morte”
Os algarvios ocupam na tabela o lugar de play-off, mas o treinador ainda acredita na recuperação e tem a confiança total da SAD. “Não ando aqui para roubar ninguém”, sublinha ainda.
HÉLIO NASCIMENTO
“Estou com os meus e vou com eles até à morte”, garantiu Paulo Sérgio, comentando o momento delicado do Portimonense, que não ganha há sete jornadas e tem vindo a cair na tabela. O treinador foi um dos oradores do Fórum da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, a decorrer em Viseu, e voltou a deixar bem claro que não lhe passa pela cabeça abandonar o clube. “Demitir-me seria um ato de cobardia. A administração fará sempre aquilo que bem entender,atéporquenãoando aqui para roubar ninguém.”
Os algarvios ocupam o antepenúltimo lugar, nada que faça vacilar Paulo Sérgio. “Não vou virar costas agora. Estamos numa situação difícil, como vários outros clubes, mas não vou fugir, nem apresentar demissões”, prosseguiu, vincando que “a demissão está apresentada desde o dia em que assinei contrato.”
Paulo Sérgio frisou ainda que as condições de que dispõe “são as mesmas que tinha há cinco anos, e demitir-me é uma cobardia”, reforçou. O técnico é o segundo na I Liga com mais tempo à frente do mesmo clube, só superado por Sérgio Conceição. A SAD algarvia deposita total confiança nas suas capacidades para dar a volta à atual situação delicada.
“Pagam-me até ao dia em que trabalhar, mas isto já é assim há cinco anos, portanto, não tenho de andar a fugir. Isso, repito, seria uma cobardia. É a minha forma de ver as coisas. Vou com os meus até ao fim”, repetiu, com a firme convicção de que o Portimonense vai recuperar. Na próxima ronda recebe o Braga.
Paulo Sérgio só é “batido” por Sérgio Conceição entre os treinadores da I Liga há mais tempo à frente do mesmo clube