Gyokeres, o teste ideal para a Seleção
O poderio físico do avançado sueco, que parece no auge da forma, vai submeter a um exame exigente a equipa de Roberto Martínez, com tempo para se preparar para a competição a sério no Europeu.
1 Danilo, que nos concedeu a interessante entrevista com que abrimos o jornal, mas também Cancelo, Vítor Pereira, Fredrik Soderstrom e até Pedro Santana Lopes - fez uma pausa na política! - dedicaram parte dos respetivos dias a contribuir para a longa lista de encómios ao poderio e impacto de Gyokeres no futebol português. Para nem falar da alegria do Gondomar, que acolheu o treino do goleador dos leões e restante seleção sueca. Esses elogios não poderiam ter chegado em melhor momento. Se é verdade que se proporcionaram graças à paragem de campeonatospara jogos de seleções, dá-se a coincidência de a portuguesa ir defrontar quinta-feira a da Suécia, de que o “panzer” dos leões é maior candidato a imagem de marca, após o adeus de Ibrahimovic. E depois de uma qualificação imaculada para o Euro’24 da Seleção Nacional, perante adversários de valor inferior, Gyokeres é o teste certo. A força física com técnica, velocidade, capacidade de esticar jogo e a permanente atenção que exige permitirão ver os defesas lusos num simulacro real de competição. É que o sueco faz lembrar a célebre anedota sobre rapidez, porque está em todo o lado. Não estava?
2 Joaquim Santos foi, para quem seguiu a carreira, uma figura ímpar do desporto português. Teve o talento ironicamente injustiçado pelo trágico acidente no Rali de Portugal de 1986, que somado a outros, como o de Toivonen, acabariam com os carros de Grupo B e aumentariam a segurança na modalidade. Além da televisão, os feitos de Quim Santos eram “vistos” pelos jornais, uma outra época, que ontem também morreu um bocadinho.