“CABRAL DEVE RESPONDER EM CAMPO”
Técnico que lançou o avançado desafia-o a marcar para afirmar-se no onze O treinador que apostou no ponta-de-lança no Ceará admite a O JOGO que o modo como este saiu da equipa titular “é muito mau”. “Há tendência natural de queda”, acrescenta.
À procura de espaço novamente no onze encarnado, Arthur Cabral foi o herói encarnado ante o Casa Pia, fruto do golo que valeu os três pontos. O ponta-de-lança brasileiro não tem gostado de ficar de fora das principais opções de Roger Schmidt, mas quem o conhece bem considera que ao camisola 9 resta trabalhar para ganhar o seu espaço dentro das quatro linhas. “Insatisfação por não jogar mais? Não tem de dar resposta a falar, tem de responder no campo com golos. Pode procurar o treinador e conversar, mas as respostas dos jogadores nunca devem ser a falar e sim dentro das quatro linhas, a jogar. Aí é que têm de dar o melhor”, afirma a O JOGO Geninho, treinador que lançou o atacante para o futebol sénior, no Ceará, reforçando: “A maior exigência ao Arthur Cabral é que marque golos e se ele marcar dá resposta a essa pressão.”
Com apenas um jogo como titular no último mês e meio, Cabral saiu do onze numa fase em que até estava a marcar, algo que Geninho considera ser marcante de forma negativa. “Isso é mau para o jogador. Antes não estava bem e trabalhou para ganhar espaço, mas quando estava no seu melhor viu essa sequência interrompida, o que é muito mau. Há a tendência natural de queda”, ressalva o técnico, considerando que “qualquer jogador precisa de ter regularidade para ganhar confiança, para ter rotinas com os colegas e rodagem”. Ainda assim, percebe o lado de Schmidt: “Também temos de olhar para o lado do treinador, se as coisas não funcionarem é normal que mude à procura da melhor solução.”
Contratado por 20 M€ como sucessor de Gonçalo Ramos, Cabral tem nessa verba uma pressão extra, acredita Geninho. “O preço pesa muito. E o facto de chegar para substituir o artilheiro da última época pesa também. Há sempre uma comparação, ele tem de ter uma estrutura emocional para superar essa questão. Tem de saber conviver com isso”, atira.
Custo: “O preço pesa muito, mas tem de saber conviver com isso”, defende
Conselho: “Que acredite nele e que lute, se foi contratado é porque tem qualidade”, diz