O Jogo

JÁ LHE CHAMAM O VENDAVAL DA AMADORA CAMBALHOTA

Trincão esteve particular­mente inspirado e foi determinan­te na vitória que deixou o Sporting em primeiro lugar na véspera de receber o Benfica

- Textos MANUEL CASACA

Mesmo a perder, o leão manteve-se tranquilo e concretizo­u a reviravolt­a antes do intervalo. Na segunda parte, percebendo que a vitória não estava garantida, fez uso de um futebol mais cerebral.

●●● O Sporting saiu da Amadora no primeiro lugar do campeonato, mas até tinha entrado no segundo posto, porque, minutos antes, o Benfica tinha acabado de assaltar a liderança ao vencer o Chaves. E a tarefa da equipa treinada por Rúben Amorim até ficou pior, porque o Estrela inaugurou o marcador, colocando ainda mais pressão nos leões.

O golo de Leonel Bucca, que marcou em dia de estreia como titular, surgiu na sequência de uma saída desastrada de Franco Israel. O guarda-redes do Sporting até tinha estado em evidência num primeiro momento, e logo em dose dupla para evitar que Léo Cordeiro e Léo Jabá marcassem, mas depois meteu água.

O golo do Estrela da Amadora não tem apenas Franco Israel como responsáve­l. Morita também foi lento no início da jogada que resultou no canto, deixando-se ultrapassa­r por Aloísio Souza. Mas não se pode falar apenas do demérito dos jogadores do Sporting. Há que dar muito mérito à pressão exercida pelo adversário. Nos primeiros minutos, o Estrela soube condiciona­r a circulação de bola do Sporting, apostando numa linha defensiva muito subida.

Apesar de estar a perder, a turma de Alvalade mantevese tranquila. Percebeu-se isso nas indicações que Amorim transmitiu. Mesmo sem Coates, o líder e capitão, que ficou de fora devido aumag astro ente ri te, e com Gonçalo Inácio e Hjulmand no banco, a formação leonina não dava sinais de intranquil­idade.

Quando a equipa mais precisou, apareceu Trincão. A velocidade com a bola controlada no pé esquerdo era tal que parecia que estava a passar um furacão na Amadora. Não surpreende­u, portanto, que tivesse sido dele a jogada do golo do empate, após passe soberbo de Geny Catamo. Depois foi só cruzar e esperar que Paulinho voasse para marcar.

Sérgio Vieira tinha avisado que o Sporting não era só Gyokeres e o jogo demonstrou isso mesmo. Tanto assim foi que, ainda antes do intervalo, o vento continuava forte no relvado por culpa de Trincão, que voltou a derrubar a defensiva contrária. O esquerdino rematou forte, o guarda-redes Bruno Brígido ainda evitou o golo com uma primeira intervençã­o, mas Nuno Santos fez a recarga com toda a calma do mundo.

O Sporting foi para o intervalo e ganhar e faltava entender como iria reagir o Estrela da Amadora à desvantage­m, sabendo-se que a equipa de Sérgio Vieira precisa de pontos para não cair nos lugares da descida. Regis Ndo e Hevertton entraram logo no início da segunda parte e a equipa tentou soltar-se para ameaçar a baliza leonina e até criou alguns lances de perigo, sobretudo em construçõe­s através de cruzamento­s perigosos.

O Sporting percebeu que a vantagem era curta e que um empate comprometi­a a liderança no campeonato. Vai daí, passou a jogar com mais certeza no passe, evitando cometer erros, mas continuou a ser perigoso. Quando acelerava, o ritmo no ataque era um autêntico perigo para a baliza defendida por Bruno Brígido. Mesmo de forma mais pausada e com um futebol mais cerebral, os leões continuara­m a ser a equipam ais ameaçadora. Com Gyokeres des inspirado, apareceu Trincão, qual depressão a varrer a Amadora.

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Inácio entrou para a segunda parte e trouxe segurança
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