O Jogo

Schmidt “Estou positivo para os próximos jogos”

Treinador alemão olha para lá do resultado e encontra uma equipa com qualidade, mostrando-se otimista para os dérbis que se avizinham

- RITA DA SILVA VIEIRA

Di María e Arthur Cabral falharam penáltis, mas o técnico prefere olhar para a vitória. Assume dificuldad­es na fase de decisão, mas fica contente pelo triunfo, que dedica a Rui Costa, ontem aniversari­ante.

Apesar de falhas, Roger Schmid afasta preocupaçõ­es para a fase decisiva da época.

Como analisa o jogo?

—Foi um jogo muito especial e era o dia do aniversári­o do presidente. Era muito importante ganhar pela posição na Liga e pelo presidente. Tivemos paciência. Fizemos um jogo de elevada qualidade nos primeiros 80 metros, com pressão alta, e nos últimos 20 metros penso que faltou alguma eficácia e critério. Não tivemos sempre oportunida­des claras. Falhámos três penáltis, mas conseguimo­s vencer sem sofrer golos, é um sinal positivo. Manteve-se o 0-0 durante muito tempo. Dominámos do início ao fim, são jogos que normalment­e conseguem-se ganhardefo­rmamuitocl­ara,mas este jogo foi atípico, falhámos três penáltis. Estou satisfeito com o empenho e atitude.

Preocupa-o a exibição?

—Não, porque não vejo só o resultado, como talvez vocês vejam. Quando observamos o jogo talvez seja verdade que vemos apenas os penáltis falhados. Mas vi o nível de concentraç­ão, como os jogadores defenderam, como os médios estavam integrados, vi coisas positivas. Podemos melhorar, o posicionam­ento na área pode ser melhorado, alguns podem chegar a um nível mais elevado. Para mim, o mais importante é que vencemos e que a equipa demonstrou boa atitude com o jogo muito difícil. Estou com um sentimento positivo paras os próximos jogos.

Três penáltis falhados deixam-no apreensivo?

—Penso que esta época temos vindo a ser bem sucedidos nas grandes penalidade­s. O Di María e o Arthur são seguros a bater e sempre convertera­m penáltis. O Arthur Cabral já demonstrou a sua qualidade em clubes anteriores. Os penáltis são sempre complicado­s, às vezes somos seguros a bater e marcamos, hoje [ontem] o guarda-redes esteve muito bem. Foi atípico. É verdade que não podemos falhar três num jogo, na verdade é quase impossível, mas fizemo-lo. Espero que quando falharmos seja em jogos como este.

“Dominámos do início ao fim, são jogos que normalment­e ganhas de forma muito clara, mas este foi atípico”

“Podemos melhorar o posicionam­ento na área, mas o importante é que vencemos”

“O Arthur Cabral e Di María sempre convertera­m penáltis”

Porque foi Arthur Cabral a bater o segundo?

—Isso também é minha responsabi­lidade? [n.d.r.: disse com ironia] Como tudo o que acontece menos bem é culpa minha .... Discutimos em situações anteriores quem deve marcar. Hoje [ontem] o Di María e o Arthur eram os escolhidos. O Arthur falhou e decidiu voltar a tentar e respeitei a decisão. Os jogadores têm experiênci­a suficiente para tomar essa decisões.

“O guarda-redes esteve muito bem. É verdade que não podemos falhar três grandes penalidade­s num jogo. Na verdade é quase impossível, mas fizemo-lo”

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Schmidt disse que Cabral quis voltar a tentar a sorte

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