“Bragança ao mesmo nível”
Técnico diz que Hjulmand terá um substituto à altura
O treinador dos sub-23 do Torreense orientou o médio português, no Estoril e nos juniores leoninos, e diz que com ele a equipa do Sporting tem outra qualidade com bola
ANTÓNIO PIRES
O Sporting joga amanhã ●●● à noite em Barcelos, com o Gil Vicente, e não poderá contar com Hjulmand (a cumprir castigo), titular em 23 dos 27 jogos dos leões no campeonato. No seu lugar irá surgir Daniel Bragança, apenas cinco vezes utilizado de início na Liga (soma mais 11 titularidades) mas que tem ganho protagonismo. A realizar a melhor época da carreira – já superou os registos de jogos (39), tempo de utilização (1613’) e golos (5) –, o médio de 24 anos mereceu elogios de Rúben Amorim na véspera de lhe dar a titularidade no dérbi da Taça, quando afirmou que “elevou o seu jogo e está mais perto de Morita e Hjulmand”.
Uma ideia que Tiago Fernandes corrobora. O atual treinador dos sub-23 do Torreense conhece bem Bragança. Foi seu treinador nos juniores leoninos e orientou-o no Estoril, já sénior, antes de reentrar no plantel do Sporting na época do último título em 2020/21. “A única justificação para o Daniel não ter mais tempo de jogo é o facto de competir por um lugar com dois grandes jogadores, como são Morita e Hjulmand. Mas com o trabalho que tem feito, a qualidade que apresenta e a capacidade de superação demonstrada, não só tem vindo a merecer cada vez mais oportunidades como, hoje, pode dizer-se que está ao nível daquela dupla”, afirma.
O técnico assinala as nuances entre o dinamarquês e o português. “Possuem características diferentes. Bragança tem mais critério com bola no pé, é inteligente, com boa leitura de jogo e capacidade de passe curto e longo. Hjulmand surge mais entrelinhas, procura surgir em zona de tiro
“Com a lesão evoluiu muito fisicamente. Está mais forte e mantém os atributos técnicos”
Tiago Fernandes Treinador dos sub-23 do Torreense
para rematar. Bragança pode jogar em zona mais avançada e com bola no pé. Jogando ao lado de Morita, deverá ser ele o médio com mais liberdade de movimentos, ficando o Morita como médio de contenção”, comenta a O JOGO, sublinhando o que mudou no atleta após uma época sem jogar. “Com a lesão, trabalhou para evoluir muito fisicamente. Está mais forte e mantém os atributos técnicos. Não perdeu nenhuma das qualidades que já tinha. Está um jogador ainda mais completo”, conclui.