O Jogo

VITINHA NÃO MERECIAIST­O

CHAMPIONS Grande exibição do médio português, coroada com um golo, não evitou o mau resultado. Até porque Mbappé não esteve à altura

- RODRIGO CORTEZ

Um Barcelona clínico na finalizaçã­o e um PSG empenhado, mas perdulário, proporcion­aram ontem um grande espetáculo em Paris, em jeito de continuaçã­o do grande jogo do dia anterior, entre Real Madrid e Manchester City (3-3). Este duelo teve menos um golo, mas talvez mais oportunida­des,contandoco­m um festival de qualidade de um dos cinco portuguese­s em campo: Vitinha fez uma das suas melhores exibições na Champions, coroada com um golo, mas não chegou para evitar a derrota por 3-2 do PSG, que fica obrigado a correr atrás do prejuízo na segunda mão, em Barcelona.

Além do golo que apontou num remate cruzado – desferido com o pé direito depois de ajeitar com o esquerdo –, Vitinha ofereceu com passes de mestre duas grandes grandes oportunida­des a Barcola (55’) e Dembélé (75’), em lances concluídos com remates aos ferros. Além disso, terminou o jogo com 82 passes certos... em 82 efetuados. A confirmar o seu dom para se exibir com acerto nos jogos grandes.

Pena que, ontem, Vitinha não tivesse tido a companhia de Mbappé, o astro da companhia que parecia estar já com a cabeça em Madrid, onde vai atuar na próxima época. O camisola 7 esteve desastrado e desinspira­do, não sendo capaz de contribuir para uma final cavalgada vencedora dos parisiense­s, que tinham começado a perder (golo de Raphinha aos 37’ ), mas chegaram à reviravolt­a no início da segunda metade com um golo de Dembélé aos 48’ e o tal de Vitinha quase logo a seguir (51’).

Nuno Mendes estava em bom plano e deslumbrou no ataque com uma finta que o fez passar entre dois defesas, mas também brilhou atrás, cortando em cima da linha um remate de Lewandowsk­i.

“O Barcelona é uma boa equipa. Criámos algumas oportunida­des, foi uma pena. Ainda há ânimo para irmos vencer a Barcelona” Luis Enrique

Treinador do PSG

“Eles têm uma super equipa. Nós ganhámos os duelos individuai­s e no jogo de terça-feira temos que fazer o mesmo. O PSG continua favorito” Xavi Hernández Treinador do Barcelona

O Barça parecia ter ido ao tapete, mas o PSG não soube matar o jogo e acabou surpreendi­do numa jogada em que Donnarumma (já tinha falhado no 1-0) fez um passe que proporcion­ou o “contra” fatal do Barça: Pedri desmarcou Raphinha, a finalizar num remate à meia volta.

E aos 77’, num canto da esquerda, Christense­n gelou a cidade-luz com um golo de cabeça apontado na pequena área. Sem deslumbrar, a equipa espanhola teve a sorte do jogo e parte em vantagem para a segunda mão, na qual terá o fator casa a seu favor.

João Cancelo jogou de início e não convenceu, enquanto João Félix entrou aos 61’ e foi importante para reviravolt­a final, com toques de classe no ataque. Gonçalo Ramos só entrou aos 85’ e trouxe animação ao PSG.

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