LEÃO SABIA A LIÇÃO
Marítimo jogou de forma arrojada, mas nunca perturbou um Sporting que busca o tri na Taça
CARLOS FLÓRIDO
Paulo Fidalgo é um apreciador do andebol moderno, mas o arrojo tático do seu Marítimo, frente a grandes como oSporting,emregraapenasgarante o bom espetáculo, não o triunfo. Ontem voltou a com
provar-se, com os leões a passarem na Madeira com um claro 31-36, juntando-se a FC Porto, Póvoa AC e Belenenses na final-four da Taça de Portugal e continuando na luta pela terceira conquista consecutiva.
SeotriunfodoSportingnunca esteve em dúvida, pois os rapazes de Ricardo Costa tinham na memória vários sustos recentes com os insulares – 30-29 na última final da Taça e uma resistência extraordinária nos dois jogos do campeonato deste ano –, a emoção estava garantida por se saber que ninguém passeia na Madeira, onde se joga rápido e as reviravoltas estão sempre na esquina de uma mudança estratégica que resulte.
O Sporting, com as defesas de Kristensen a permitirem alguns contra-ataques, começou cedo a adiantar-se, estando preparado, aos 5-10, para a mudança dos da casa. Os leões defenderam bem o ataque contrárioem7x6,mesmocom a raridade de por vezes utilizar três jogadores como pivôs, mas nem o avolumar da diferença para 8-15 fez Fidalgo desistir. O Marítimo passou a defender em 3x2x1, em nova demonstração
de coragem, e perto do final da partida, ao resistir aos ataques rápidos leões, conseguiu finalmente aproximar-se. O 27-30 entusiasmou o público que enchia a casa, mas não perturbou os
detentores da Taça. Jovens mas experientes, os leões ganharam duas bolas e fizeram outros tantos golos na baliza deserta, sentenciando a partida aos 28-33. O restante foi um pró-forma.
“Foi um grande espetáculo e um privilégio ter pontos de equilíbrio com o Sporting”
Paulo Fidalgo Treinador do Marítimo
“Jogo dominado por nós do princípio ao fim. A terceira Taça é um objetivo da época” Ricardo Costa Treinador do Sporting