O Jogo

“Correia já cobrava aos mais velhos”

César Peixoto, treinador dos flavienses em 2019/20, recorda a evolução do ala e as facetas que mais o surpreende­ram

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O internacio­nal caboverdia­no, 27 anos, é o quarto jogador mais utilizado do plantel, e foi um dos melhores em campo na vitória que fez renascer a esperança na permanênci­a. MELO ROSA

Dois meses depois do triunfo sobre o Boavista, o Chaves voltou, anteontem, em Vizela, às vitórias, entregando assim a denominada lanterna-vermelha à equipa minhota. João Correia foi um dos jogadores que esteve em destaque na conquista de três pontos que deixam os flavienses a cinco de distância do lugar de play-off, ocupado pelo Portimonen­se, a cinco jornadas da meta. César Peixoto, que treinou o lateral e extremo em 2019/20, a primeira época no clube de Trás-os-Montes, sustenta a evolução do internacio­nal cabo-verdiano. “O João foi uma agradável surpresa. É um jogador ofensivo, explosivo e imprevisív­el. Tem uma fome de vencer e um caráter forte. O caráter dele foi o que mais me surpreende­u”, afirma o técnico, em declaraçõe­s a O JOGO.

O treinador que orientou o Chaves quando estava na II Liga diz também que João Correia “dá sempre o máximo em cada exercício e treino”. “Naquela altura ele já cobrava aos mais velhos. Esse pormenor também me surpreende­u”, conta César Peixoto, que adaptou a lateral-direito um dos capitães do Chaves, hoje já com 125 jogos com a camisola dos flavienses. “Ele jogava como falso ala direito, visto que jogávamos num esquema de três centrais. Tem uma capacidade física acima da média. É muito rápido e pode fazer os 90 minutos sempre de forma intensa. Tinha ali alguns problemas na tomada da decisão, penso que tem evoluído. Neste momento, tem jogado bem como extremo. Pode fazê-lo e a polivalênc­ia valoriza-o enquanto jogador”, defende.

Peixoto que, além do Chaves, já treinou Varzim, Académica, Moreirense e Paços de Ferreira, sempre achou que João Correia, 27 anos, “ia dar o salto”, mas a verdade é que, sustenta, “está num bom clube”. “O Chaves é um clube familiar, que lhe dá todas as condições. Não é fácil trocar um clube que oferece isto. No entanto, tem todas as capacidade­s e está na melhor fase da carreira para dar o salto para outro campeonato”, finaliza César Peixoto.

“É ofensivo, rápido, explosivo e imprevisív­el. Tem uma capacidade física acima da média e pode fazer os 90 minutos sempre de forma intensa”

“Está na melhor fase da carreira para dar o salto para outro campeonato” César Peixoto

Treinador

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João Correia foi um dos melhores em campo, no valioso triunfo do Chaves sobre o Vizela

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