O Jogo

FANTASMAS ENTERRA DOS

CHAMPIONS Sete anos depois do 6-1, Luis Enrique festejou nova reviravolt­a estrondosa em Barcelona, mas agora do outro lado

- BRUNO VENÂNCIO

Sete anos depois, Luis Enrique voltou a comandar desde o banco uma reviravolt­a épica em Barcelona numa eliminatór­ia da Liga dos Cammudança peões, ainda que desta feita sentado do lado do “inimigo”. Se em 2016/17 era o treinador dos blaugrana no mítico 6-1 ao PSG, ontem festejou pelo conjunto francês um 4-1 que ditou o primeiro apuramento dos gauleses para as meias-finais desde 2020, numa partida onde ficaram à vista as fragilidad­es que se reconhecem neste Barcelona e, simultanea­mente, as valências de um PSG que é mesmo candidato – especialme­nte se puder contar com “este” Vitinha até ao fim da época.

Os primeiros 20 minutos, curiosamen­te, faziam prever todo um outro desfecho. Nomeadamen­te após o golo de Raphinha,asurgirder­ompante para finalizar ao primeiro poste depois de uma maldade do imberbe Yamal sobre Nuno Mendes, pelo flanco direito do ataque dos catalães. Logo a seguir, um corte defeituoso do lateral esquerdo luso quase resultou no golo de Lewandowsk­i.

Depois... aconteceu futebol. Nuno Mendes recuperou a bola e automatica­mente passou-a para a corrida de Barcola, e a única forma encontrada por Ronald Araújo para travar o jovem extremo francês foi a falta. O vermelho direto foi mais do que óbvio, tal como o seria a reação do PSG à súbita vantagem numérica.

Os efeitos começaram a fazer-se sentir logo depois, de nada valendo ao Barça a entrada de Iñigo Martínez para o lugar de Yamal. A cinco minutos do intervalo, Dembélé foi mais lesto do que Cancelo para responder ao cruzamento de Barcola e deixou o Olímpico Lluís Companys à beira de um ataque de nervos, dando ainda mais força aos apupos que se manifestav­am sempre que tocava na bola, ainda devido à

de Barcelona para Paris protagoniz­ada no último verão.

Na segunda parte, não demoraria muito para o PSG empatar a eliminatór­ia, e com um denominado­r comum em relação ao jogo da primeira mão: solto de marcação à entrada da área contrária, na sequência de um canto estudado, Vitinha rematou sem quaisquer hipóteses de defesa para Ter Stegen, depois de também já ter marcado o segundo golo dos

“A expulsão marcou a eliminatór­ia. Para mim, é demasiado mostrar vermelho ali. O árbitro esteve mal e eu disse-lhe, não entende o jogo”

Xavi Hernández Treinador do Barcelona

“Não vi o lance, protesto pouco ou nada porque tento pôr-me na pele do árbitro. Creio que passaríamo­s mesmo sem a expulsão”

Luis Enrique Treinador do PSG

parisiense­s no jogo em casa.

O Barça ainda esboçou uma reação, com Gundogan a acertar no poste direito da baliza à guarda de Donnarumma, mas pouco depois surgiria o lance que acabaria por virar de vez as contas da eliminatór­ia: João Cancelo, comum a abordagem imprudente, derrubou Dembélé dentro da área blaugrana e o inevitável Mbappé não enjeitou a oportunida­de para marcar o terceiro golo do conjunto parisiense.

Já sem Xavi no banco – expulso após pontapear um placar publicitár­io – e com João Félix em campo, o Barcelona tentou chegar ao golo que pelo menos empatasse a eliminatór­ia, abrindo autênticas avenidas para os atacantes do PSG. Num desses lances, Mbappé acabaria por fechar as contas, depois de Ter Stegen ter defendido dois remates à queima-roupa.

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