BORGES VAI ATRÁS DO SONHO ADIADO
Refeito do escândalo de arbitragem no encontro dos quartos de final do Estoril Open, aposta em chegar às meias-finais, em Bucareste
Entrou a ganhar no Tiriac Open, frente ao histórico suíço Stan Wawrinka, o jogador mais velho (39 anos) no ativo em singulares e 86.º do ranking ATP, que obrigou o maiato a mais uma reviravolta.
A disputar o décimo torneio do ATP Tour da temporada, Nuno Borges está pela quinta vez nos oitavos de fi
nal, desta feita em Bucareste, após o triunfo, ontem, sobre Stan Wawrinka, por 3-6, 7-5 e 6-2, em 2h10. O número um português e 54.º do ranking, confirma o bom momento neste início de época na terra batida e, quando O JOGO lhe começou por perguntar como se sentiu, ao cabo das emoções do Millennium Estoril Open e do ponto injustamente perdido que poderia mudar o rumo do encontro dos quartos de fi
nal, a reação foi curiosa. “Essa situação já está ultrapassada completamente, se não me questionasse, já nem me lembrava. Senti que o público fi
cou mais indignado do que eu e que de certa maneira já nem sabia em quem acreditar”, observou, sorrindo.
Voltando à atuação frente a “Stanimal”, que já foi terceiro mundial e ganhou três Grand Slam (Austrália, Roland Garros e US Open), o Lidador reforçou os índices de confiança, principalmente ao ganhar o quinto encontro após ceder o primeiro set. “Estou confiante, sinto que nos últimos meses tenho evoluído e algumas coisas podem ser usadas a meu favor, até na terra batida, apesar de não ter treinado assim tanto neste piso nos últimos tempos”, avaliou. A oportunidade lutar, na capital romena, pela meia-final que “fugiu” no Estoril, é assim encarada: “Não tenho posto expectativas nem grandes objetivos, mas vou, sem dúvida, à procura das minhas primeiras meias finais num ATP”. Amanhã, frente ao francês Corentin Moutet (88.º), tudo fará para dar mais um passo nessa direção.
Uma proteção na mão esquerda gerou curiosidade do nossojornal,eaquiloquepodia ser um drama, foi explicado com humor: “Estava a fazer uma sandes, cortei-me na mão e tive de proteger com um ‘tape’. Foi muito estúpido, a faca estava muito afiada”. Salvou-se a sandes, mas “não soube igual”, anotou.