Sérgio Conceição “Devo uma Taça ao FC Porto”
Treinador portista elogia reação da equipa após os resultados negativos e destaca o papel do presidente
Técnico admitiu que faltou agressividade à formação azul e branca nos primeiros minutos e analisou o regresso de Romário Baró. Quanto ao triunfo, Conceição sublinhou que só festeja títulos.
Sem grandes euforias, Sérgio Conceição garantiu mais uma final da prova rainha e destacou a resposta da equipa depois dos últimos resultados negativos.
O FC Porto não entrou bem no jogo, mas teve uma boa reação. Que análise faz ao jogo?
—Foi mais do mesmo do que tem acontecido. Na primeira vez que o adversário foi à baliza, fez golo. Num lançamento de linha lateral, temos de abordar o lance de outra forma. Fomos pouco agressivos. O jogo foi preparado como todos os outros, de forma muito rigorosa. Foi evidente que explorámos bem os espaços. Andámos sempre a jogar numa primeira fase de construção nas costas dos alas e, por vezes, dos médios para, depois, acelerar para cima da baliza adversária. Era importante quando atraíamos os adversários, nos movimentos entre os centrais, e tudo isso foi preparado. Parabéns aos jogadores, que interpretaram bem. Tivemos mais oportunidades, mas pelo que o Vitória fez, creio queéumresult ado justo. É uma vitória que não dá nada. Não festejamos vitórias, festejamos títulos.
O golo do Vitória abalou a equipa?
—Na nossa vida temos de estar habituados a ter algumas situações negativas. Não podemos abanar por uma infelicidade no jogo ou num lance. Os jogadores foram muito maduros nesse sentido. Continuámos deforma muito viva no desafio e foi um jogo muito bom também da parte dos nossos adeptos e dos rivais. Mas só ganhámos um jogo.
É a quinta vez que consegue chegar à final da Taça de Portugal enquanto treinador do FC Porto...
—Em seis anos, cinco finais, três Taças de Portugal. Neste momento, ainda devo uma ao FC Porto, porque a perdi. Contas a acertar com o Sporting? Não, não depende do adversário, depende sempre de nós. É finalista, com o mérito que teve ao chegar até à final, porque também teve jogos difíceis.
Como analisa o regresso de Romário Baró?
—Foi o que é como jogador, na definição do último passe para o Pepê, e noutras ações positivas que teve no jogo. Esteve duas vezes emprestado, mas acredito no seu potencial. Depois cabe ao jogador aproveitar as oportunidades.
“Foi mais do mesmo do que tem acontecido. Na primeira vez que o adversário foi à baliza, fez golo”
Pinto da Costa celebra 42 anos de presidência no FC Porto. O que tem a dizer?
“Temos de estar habituados a ter algumas situações negativas. Os jogadores foram muito maduros”
—São 42 anos de muitas vitórias, muito sucesso e muita hora a festejar títulos. Tem um senão: a exigência que ele mete, quando não se ganha alguma coisa... Conquistei 15 títulos enquanto treinador e jogador no FC Porto. Basta uma derrota para esquecer isso, assim como eu esqueço. O importante agora é o Casa Pia e o presidente também pensa dessa forma. Ele já me está a falar do Casa Pia.
“São 42 anos de muitas vitórias, muito sucesso e muita hora a festejar títulos”