Álvaro Pacheco “Frustrados e tristes”
O treinador não cumpriu o sonho de levar o V. Guimarães ao Jamor
Em termos estratégicos, o plano funcionou, mas o técnico considera que “faltou melhorar a eficácia”. Depois de o FC Porto ter marcado, ainda notou um certo nervosismo na equipa vitoriana.
Álvaro Pacheco apostou no ponta de lança Nélson Oliveira para criar o efeito surpresa, que considerou ter funcionado até determinado momento. De qualquer forma, gostou da firmeza da entrada do V. Guimarães.
O que faltou para atingir o sonho da final?
— Grande jogo, com três grandes equipas. Entrámos com vontade e fomos felizes na primeira situação para finalizar. Estivemos muito bem e o jogo estava completamente controlado a nível de remates e de oportunidades. Tivemos mais remates. Faltou-nos ter melhor controlo do jogo, principalmente na forma como o FC Porto chegou ao golo, num livre a nosso favor, em que sofremos um contra-ataque. A equipa ficou um bocado nervosa e precipitada e o FC Porto acabou por passar para a frente do marcador. A equipa nunca esteve desligada do jogo. Na segunda parte tivemos mais posse de bola, mais remates e um caudal ofensivo tremendo. Faltou melhorar a eficácia e ter serenidade no último terço. Se tivéssemos feito o 2-2, isso intranquilizaria o FC Porto e daria um élan muito grande. Temos de estar orgulhosos pelo jogo que fizemos.
Por que voltou a apostar em Nélson Oliveira?
—Não só dar um sinal à equipa, mas também ter um ponta-de-lança a criar algum desconforto e a atrair os centrais do FC Porto, para provocar espaço para o Tiago [Silva], para o Händel e para o Nuno [Santos]. Acho que foi bem conseguido e criámos também o fator surpresa ao FC Porto. Em função da forma que queríamos manipular o jogo, fomos capazes de o fazer, porque começámos a jogar em 5-2-3, passámos para 4-4-2, quando o FC Porto conseguiu descobrir os caminhos nos corredores centrais, porque tanto o Jota [Silva] como o Nélson [Oliveira] não estavam eficazes na pressão, e passámos para 5-32 para proteger o espaço interior. Tivemos uma abordagem fantástica a nível estratégico para estar sempre dentro do jogo. Estamos frustrados e tristes.
Pode explicar a substituição de Afonso Freitas?
—Sentiu uma dor no joelho. Não sei que tipo de lesão é, mas estava com muito desconforto e achámos pertinente substituí-lo.
“Se tivéssemos feito o 2-2, isso intranquilizaria o FC Porto e daria um élan muito grande”