Um Bayern Guerreiro
Internacional luso ofereceu a Kimmich o único golo
Acabou o sonho do Arsenal na Liga dos Campeões. A equipa londrina não atinge essa fase da prova há 15 anos e vai ter que continuar à espera porque, ontem, deparou-se com um Bayern Munique que, por maior crise interna que atravesse, não costuma vacilar na maior competição de clubes do mundo. O português Raphael Guerreiro foi preponderante no triunfo dos bávaros por 1-0, ao fazer a assistência para Kimmich no único golo.
Foi um Bayern bem diferente do que se tem visto na Bundesliga aquele que esteve na Allianz Arena. Com Raphael Guerreiro na esquerda do ataque (o marroquino Mazraoui jogou nas suas costas), a equipa alemã conseguiu ser, a espaços, o rolo compressor dos bons velhos tempos. O treinador Thomas Tuchel tem andado bem longe desse estilo – o que já lhe custou o título germânico para o Leverkusen – masosjogadoresencheram-se de brio e encostaram o Arsenal às cordas durante toda a segunda parte.
Na primeira os londrinos ainda conseguiram ter um ou outro bom lance de ataque, mas na segunda foram completamente dominados, surgindo o golo como consequência lógica dessa atitude dominadora do Bayern. Aos 63’, depois de um centro intercetado de Sané,RaphaelGuerreirorecebeu na esquerda e fez um centro bem medido (e totalmente intencional) para a entrada fulgurante de Kimmich de cabeça. Antes disso (aos 47’ ), Guerreiro já tinha atirado ao poste, em mais uma excelente exibição pelos bávaros. Nos minutos finais o Arsenal tentou um “chuveirinho” que, de tão tímido, nem assustou a equipa adversária. E Neuer passou mais um jogo sem sofrer golos na Champions, o seu 58.º, mais um do que Casillas, com quem partilhava o recorde antes deste jogo.
“Primeiro foi como o xadrez. Quem arriscava primeiro, quem errava? A segunda parte foi bem melhor” Thomas Tuchel Treinador do Bayern Munique
“Há sete anos que não estávamos nesta fase. E isso notou-se. Quisemos fazer tudo rápido” Mikel Arteta Treinador do Arsenal