Um FC Porto livre de dúvidas existenciais
Desta vez, nem a contrariedade do costume, um golo sofrido nos primeiros instantes da partida, foi o suficiente para abalar as convicções que o FCPorto levou para o jogo com o Vitória de Guimarães.
1A chicotada psicológica que Sérgio Conceição aplicou ao plantel a meio da semana, afastando quatro elementos do restante grupo, parece ter surtido efeito. Ontem, não houve vestígios do descontrolo emocional que marcaram os últimos tempos no Dragão. Nem o golo prematuro do Vitória de Guimarães abalou as convicções que a equipa de Sérgio Conceição levou para o jogo e que tornaram possível a reviravolta ainda durante o primeiro tempo. É verdade que Galeno ainda acusou sintomas de falta de eficácia, desperdiçando a tranquilidade um par de vezes, mas em compensação, Romário Baró saiu do banco para oferecer o terceiro golo numa bandeja a Pepê e fazer mais um par de passes que só não foram de morte porque Charles fez mais uma grande exibição. O FC Porto vai disputar a terceira final da Taça consecutiva e, mesmo que o título não salve a época – e para o conseguir será preciso bater o poderoso Sporting – a perspetiva de o disputar pode ser o suficiente para reanimar uma equipa que ainda tem muito trabalho pela frente no campeonato. 2
O Benfica não vai ter uma tarefa fácil no Vélodrome para ultrapassar o Marselha e chegar às meias-finais da Liga Europa, mas o golo de vantagem trazido da Luz pode fazer toda a diferença. Desde logo, por forçar os franceses a assumir a iniciativa na busca do golo que reequilibre a eliminatória e transforme um dos estádios mais intensos da Europa num trunfo. Não seria a primeira vez que a equipa de Roger Schmidt aproveitava a inclinação dos adversários para a frente para explorar espaços atrás de forma letal.