Lá se foi a dobradinha
1O Sporting perdeu o jogo da final da Taça de Portugal com FC Porto, por culpa própria. Foi superior o demérito do Sporting que o mérito do Porto. O jogo ficou decidido ao minuto 30 da primeira parte, com a expulsão de St. Juste, que foi em velocidade supersónica do céu ao inferno. Autor do golo do Sporting, o jogador holandês foi expulso deixando a equipa a jogar com dez elementos mais de 90 minutos. Antes dessa expulsão, já Geny Catamo tinha oferecido o golo do empate ao FC Porto, num lance caricato em que falhou clamorosamente o alivio da bola fazendo uma assistência para o avançado portuense. Estavam lançados os dados para o que seria o resto do jogo, com o Sporting muito recuado oferecendo a iniciativa ao FC Porto que pouco ou nenhum rendimento tirou desse ascendente.
A minha equipa teve poucas opções estratégicas, que assentaram em defender bem e confiar em Gyokeres para num lance de contra-ataque chegar ao golo da vantagem que não aconteceu. Soube-se depois que o jogador sueco jogou fisicamente limitado, não conseguindo ser o jogador letal que a equipa precisava. O Sporting foi muito competente a defender a sua baliza, e pouco ou nada competente a atacar a baliza contrária. A este nível, jogar com menos um elemento costuma ser fatal. E foi.
A minha equipa conseguiu levar o jogo para o prolongamento, muito devido à eficácia defensiva que exibiu, e também à inoperância atacante do FC Porto, que foi o espelho daquilo que a equipa nortenha mostrou quase toda a época.
Eis que mais um erro fatal, do nosso guarda-redes, deitou tudo a perder, cometendo um penálti desnecessário. Houve mais do que um momento no jogo em que Diogo Pinto deveria ter saído da baliza, e não o fez. Quando não precisava de o fazer e podia aguardar o desenvolvimento do lance, tomou a decisão errada, gorando a única possibilidade que, dado o desenrolar da partida, o Sporting tinha de chegar ao “caneco”, a decisão por penáltis.
Este jogo veio mostrar que o Sporting tem que contratar, para a próxima época, um guarda-redes experiente com rodagem de baliza
Não quero de maneira nenhuma crucificar o jovem guarda-redes do Sporting, cuja a inexperiência seria sempre um handicap para um jogo desta natureza. A experiência adquire-se jogando, ainda que nalguns momentos, os erros cometidos possam ser irrecuperáveis para a equipa, como foi no caso em apreciação. Este jogo veio mostrar que o Sporting tem que contratar, para a próxima época, um guarda-redes experiente com rodagem de baliza.
Venha a próxima época, onde teremos que tentar novamente chegar À final desta competição para a vencer.
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Parabéns ao Sporting pela conquista do Campeonato nacional de andebol.