Tudo está bem...
Tudo está bem quando acaba bem, assim costuma ser considerado. Depois de competições internas sob signo de altos e baixos, evidenciando situações pouco respeitadoras da verdade desportiva e rigor que deve prevalecer e são exigíveis à arbitragem no seu todo, a forma como a época termina é, sem dúvida, bisonha, porém, não se embandeire em arco. Trata-se de um resultado positivo devido, nomeadamente, a emulação individual e não tanto de trabalho de fundo organizado, estruturado e devidamente suportado, apesar da modéstia do “cabeça de lista” (Artur Soares Dias), distinguido com a honraria dos dois eventos, em reconhecer e agradecer a todos quantos, companheiros ou não, o têm auxiliado no percurso e alavancagem da carreira até “aqui” chegar. Apoios sempre necessários e indispensáveis, diga-se. Por norma, entre nós, quem de direito, sobretudo órgãos dirigentes, revelam o cómodo, contudo indesejável hábito de considerarem o trabalho concluído, dizendo-o feito com honra, glória e grande mestria. O momento, para o setor, deve ser vivido com satisfação e algum orgulho, contudo, adormecer sobre os parcos louros que advêm de uma equipa de arbitragem ser honrosamente distinguida com direção, muito assertiva, da final da UEFA Europa Conference League, também indigitada para fase final do EURO-2024, não será inédito e poderá levar a novo e prolongado afastamento de representantes nacionais das fases decisivas das grandes competições internacionais.
Promover um árbitro no areópago internacional, por muita competência que o mesmo possa revelar, exige trabalho prolongado de bastidores, disponibilidade social e financeira das entidades com autoridade no futebol indígena.