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THIS IS A GOOGLE’S WORLD

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Está aberta a discussão sobre se no caso Google o artigo a utilizar para o/a preceder é masculino ou feminino. Se optar por “o” motor de busca ou “o” conglomera­do de empresas Google será o primeiro, mas não estará errado se assumir que se trata “apenas” da empresa Google, e assim seria feminino. Pouco importa também. Facto é que os tempos mudam e depois de em 1966 James Brown ter afirmado “this is man’s world” a Cher versão 2013 arrecadou o título para as senhoras. Pessoalmen­te, acho que é feminino. Já deve ter reparado que a Google mesmo em modo de motor de busca não deixa ninguém acabar as frases. E assim sendo temos mesmo de assumir a versão mais recente da Cher e concluir que o mundo é mesmo delas e é mesmo da Google. Esqueça o motor de busca por momentos. Além de controlar o flow de informação, por estes dias, com o sistema operativo Android em 80% do mercado global, a Google tem uma posição de controlo no acesso a essa informação que muito dificilmen­te será quebrada. Repare que quer inclusive colocar-lhe Android em frente aos olhos com o Glass. Há pouco mais de duas semanas a Google, de forma mais ou menos inesperada, confirmou umas das previsões que fazia nesta coluna o mês passado. A Internet of Things está mesmo aí. Aliás, em mês de CES em Las Vegas, as “coisas” foram a grande “coisa” do show. E vem tudo isto a propósito de, logo após a referida feira, a Google ter anunciado a compra da Nest – uma empresa criada por Tony Fadell, um dos “pais” do iPod (ex-Apple, portanto) –, uma empresa que fabrica termóstato­s, por 3,2 mil milhões de dólares. Só me apraz dizer que, mais que me armar em Zandinga, devia era apregoar e vender melhor os meus serviços de consultor. Escusado será dizer que não é o termóstato estúpido que tem lá em casa ou no (meu) escritório. Além de ter boa pinta é esperto que se farta. Ah, e o mais recente membro da família, o alarme (Nest Protector) padece do mesmo mal. Escusado é dizer que para constarem desta coluna estas “coisas” que estão cheias de sensores são controláve­is por aplicações que traz no seu smartphone. É desta forma sorrateira que a Google lhe vai entrar em casa. Não quer estar só no seu smartphone mas em todos os seus equipament­os. Preocupa-se você com a privacidad­e nas redes sociais. E aqui, assumo já que nos abstraímos de outros projetos Google que nascem da aquisição da Boston Dynamics ou mais assustador, do Calico. Google, este último. E sim, também já é utilizado como verbo.

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