O PROFESSOR JOÃO PAÇO NÃO TEM DÚVIDA ALGUMA DE QUE É O FUTURO, ESPECIALMENTE PARA O ENSINO
se ficaram por aí. Já é comum a transmissão ao vivo de cirurgias do bloco operatório da CUF Infante Santo para o auditório da universidade, mas nunca tinha sido possível assistir a uma destas operações no smartphone. Os alunos passaram a palavra, vários médicos da especialidade tiveram interesse nas cirurgias e os meios de comunicação divulgaram o acontecimento, elevando as visualizações do site do hospital para perto das seis mil. A Droiders, empresa espanhola que emprestou os Google Glass para as intervenções, disponibilizou em simultâneo na sua página do YouTube o stream das cirurgias. Apesar de esta não ter sido a primeira intervenção cirúrgica a ser transmitida com recurso aos óculos da Google, foi uma estreia para Portugal. João Paço acredita que “a magia do Google Glass é esta, apesar de ser feito sem grande preparação, a difusão foi muita”. No entanto, este é “um pau de dois bicos”, porque se por um lado colocam no ar uma cirurgia, por outro há muito mais exposição, o que fornece uma arma à crítica. No final, o balanço da experiência foi mais que positivo. As duas cirurgias correram bem e os pacientes estão a recuperar sem complicações; a equipa ficou impressionada com as possibilidades do Google Glass e já estão a pensar em novas utilizações para o gadget. Apesar de ainda não serem comercializados, os óculos da Google têm atraído as atenções de profissionais e especialistas de várias áreas. Os especialistas portugueses da área da saúde que testaram o Google Glass aprovaram a ideia e o conceito, resta saber se também gostariam de os utilizar no dia-a-dia.