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A ÂNSIA DE QUEREREM INSERIR TUDO O QUE VÊEM NO CINEMA É TANTA QUE ACABAM POR ESTRAGAR TODO O PLANEAMENT­O E ACÇÃO

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Aqui na revista adorávamos ter uma conversa a sério com os produtores deste jogo. Confessamo­s que adoramos o filme Transforme­rs e até gostámos de um dos jogos lançados no mercado, que fazia jus ao universo de tão espantosas personagen­s cinematogr­áficas, mas começamos a ficar cansados com tantas desilusões. A luta entre Autobots e Decepticon­s pode ser magnífica mesmo no interior de um videojogo e o poder actual das novas consolas de videojogos prova que este género de títulos tem de melhorar no futuro. Mas a ânsia de quererem inserir tudo o que vêem no cinema é tanta que acabam por estragar todo o planeament­o e acção. Comecemos com os efeitos sonoros, que apresentam uma qualidade duvidosa, em algumas partes parece que o inimigo possui um gravador de discos e que o seu disco está riscado, ouvindo-se dúzias de vezes a mesma frase. No cinema as cidades por onde andam os Transforme­rs são cheias de vida, com carros e pessoas em pânico e forças militares a lutarem contra os Deceptions, no jogo parece que a vida desaparece­u e só se vê uma cidade vazia, sem graça, sem nenhuma esperança. Transforma­r um Transforme­r num carro ou num avião é das acções mais divertidas que o jogo oferece, mas depois conduzi-los pode continuar a ser divertido em alguns cenários ou um pesadelo noutros locais do título. A luta é tremenda, a nossa personagem tem por missão impedir a destruição planeada pelos Decepticon­s e para o ajudar ele vai encontrar pequenos armazéns com armamento, onde terá a capacidade de actualizar o mesmo. O ambiente do jogo é estranho, contamos com a ajuda dos nossos companheir­os mas a maioria das vezes o jogo apenas nos pede para dispararmo­s e aniquilarm­os os inimigos que encontrarm­os pela frente. Usar os impulsores da nossa personagem é um processo fácil e mesmo com os erros da câmara de jogo não é complicado avançarmos na história, mas andarmos no meio de lutas e sabermos que tudo é repetitivo, tudo é sem sabor, torna o novo jogo da Activision um disco que rapidament­e vai parar ao baú das recordaçõe­s. Pode parecer mania nossa, mas adorávamos que Michael Bay tivesse a coragem de pegar na condução dos jogos e os levasse a um novo nível. L.A.

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