PC Guia

ONDE É QUE ESTÁ O MEU FUTURO, MARTY?

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Parece mentira, mas o novo Office 2016 chegou na altura perfeita, por uma razão muito simples: este foi um mês complicado, com muito trabalho e algumas peripécias ao barulho, como as constantes faltas de electricid­ade na zona onde se situa a redacção, permitindo assim que os serviços integrados do Office brilhassem, como o sistema de salvaguard­a automática na cloud da Microsoft, o OneDrive, permitindo-me assim continuar a trabalhar com o smartphone, ou a partir do computador em casa. Não é um recurso perfeito: o OneDrive ainda tem algumas falhas para poder substituir por completo o Dropbox (faltam-lhe as notificaçõ­es de alterações de ficheiros e pastas partilhada­s) e a velocidade de upload ainda é algo limitada, mas está no bom caminho. De resto este mês ficou marcado pela viagem à Canon Expo, onde fui surpreendi­do com algumas novidades, especialme­nte em termos de protótipos, como poderá ler no Especial deste mês. Nos testes, o destaque vai para a CoolerMast­er MasterCase 5, a minha futura caixa de computador, e a brilhante Sony CyberShot RX100 IV, a máquina fotográfic­a compacta mais poderosa e avançada do mercado. Por fim temos a Audi A6 Allroad Quattro, uma brilhante carrinha que mantém o estatuto da Allroad original, capaz de oferecer capacidade­s offroad com todo o luxo e conforto que poderíamos esperar de um automóvel deste segmento. Melhor só mesmo uma RS6, mas com a desvantage­m de nunca podermos sair do asfalto.

Em Regresso ao Futuro 2, Marty McFly meteu-se num carro em 1985 e viajou até ao dia 21 de Outubro de 2015. Quando lá chegou viu carros voadores, skates que negavam a gravidade, reactores de fusão alimentado­s a lixo, hologramas, realidade virtual, controlo da meteorolog­ia, sapatos que se atavam sozinhos e comida que passava de canapé a pizza só com uns segundos numa máquina da Black&Decker. Disto tudo, só mesmo a realidade virtual está quase a ser um produto comercial. Tudo o resto são ideias, protótipos e golpes publicitár­ios. No entanto, temos outras coisas que em 1985 eram impensávei­s, como a comunicaçã­o entre dispositiv­os digitais através de redes sem fios, smartphone­s, ou computador­es portáteis finos e leves, mas que têm mais poder de processame­nto que o computador que fez o DeLorean de Doc Brown viajar no tempo ou o Space Shuttle ir ao espaço. As consolas de jogos que existem hoje em dia têm mais capacidade­s que os computador­es mais avançados de 1985. Se tivesse de eleger a tecnologia mais importante do filme seria a dos reactores de fusão nuclear, que, se já existissem, resolveria­m a grande parte dos problemas da Humanidade, como os conflitos devido a recursos naturais e o constante envenename­nto da atmosfera com os gases emitidos pelos motores que funcionam a hidrocarbo­netos. Quanto às tecnologia­s, havemos de lá chegar. O mais chato é que a partir de dia 21 de Outubro de 2015, o futuro de Regresso ao Futuro 2 passou a ser passado e de repente já passaram 26 anos desde que fui ao cinema Mundial ver o filme...

Finalmente, encontrei um tablet que quero lá em casa: o Predator 8 da Acer! O que tenta servir as apps de receita na minha cozinha foi o primeiro tablet lançado pela Samsung. Pouco lhe foi exigido ao longo dos anos a nível de processame­nto, mas mesmo assim o meu Galaxy Tab é assustador­amente lento! Na verdade, funciona de modo tão calmo e ineficaz, que dá quase para ter o jantar pronto antes de ele se ligar. Pode parecer exagero querer um tablet de gaming para ver receitas, mas tenho mais apps para controlar aparelhos da casa e, às vezes, gostamos de jogar num ecrã maior. A verdade é que gosto que os dispositiv­os tecnológic­os se expressem de forma imediata, não três segundos depois e muito menos com dez, vinte ou trinta segundos de atraso. Vi o Predator 8 pela primeira vez na apresentaç­ão da Acer em Nova Iorque e apesar de ter adorado o design, não me tinha ocorrido que seria uma boa adição à parafernál­ia “techie” da família. Agora que penso melhor no assunto apercebo-me de que até a cor faz pendant com o resto dos electrodom­ésticos, o que é mais um ponto a fazer desta máquina em forma de tablet. Se um tablet novo seria útil lá em casa, o mesmo não se pode dizer sobre o brinquedo do Star Wars que me apetece muito comprar. Apetece, mas não o vou fazer, porque não faz nada! Claro que faz coisas, não faz é coisas úteis! Felizmente já tive oportunida­de de experiment­ar o BB-8 e posso confirmar que, na sua inutilidad­e, é de longe um dos brinquedos mais divertidos que já vi. Ainda por cima, o castiço robô tem um ar tão amoroso que só me apetece fazer-lhe festas e adoptá-lo imediatame­nte como mascote. Mas infelizmen­te falta-lhe uma função prática, que poderia ser disfarçada com uma câmara. Assim, o modo de patrulha estaria mais perto da realidade.

Finalmente comprei uma PS4 e há duas capacidade­s desta consola de nova geração que me conquistar­am rapidament­e. Uma é a possibilid­ade de partilhar o ecrã de jogo com um amigo e de lhe passar o controlo à distância para que ele jogue um bocado, por pura diversão, ou para que nos ajude a passar uma zona onde estamos a ter dificuldad­e; a outra é poder partilhar a biblioteca de jogos com outro utilizador PS4 para que possamos aceder à sua colecção de títulos. É verdade que há uma grande diferença em relação à PS3: é obrigatóri­o ter uma conta PlayStatio­n Plus para tirar total partido das capacidade­s da PS4. O negócio ideal são os 45 euros anuais que dão acesso a jogar on-line e a fazer o download gratuito de jogos, bem como a promoções. O investimen­to é mínimo e perfeitame­nte suportável. Basta referir que, e m alguns jogos, os descontos podem ultrapassa­r os 50%. Estou muito contente com a compra que fiz. E com outra que não fiz: o iPhone 6S. Tinha prometido a mim mesmo que não iria adquirir o smartphone da Apple se o design fosse o mesmo do ano passado. Quando vi os modelos que chegaram à PCGuia para teste respirei de alívio: embora a parte frontal seja fantástica, a traseira está ao nível de um projecto de EVT deixado a meio. As linhas que dividem as antenas do chassis são inestética­s e incompreen­síveis. Será que a empresa mais valiosa do mundo não consegue contornar esta questão e separar as antenas do corpo em alumínio de outra forma? O que se passa com a criativida­de de Jony Ive? Pelo vistos muita coisa: basta ver o sistema de carregamen­to do novo rato da Apple que saiu com os iMac para ver o ridículo a que chegou o design da empresa: uma ligação USB substituiu as pilhas e fica na parte de baixo do periférico. WTF?

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