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Um largo espectro de cores

- A L E X A N D R E S I LV E I R A apontaeamo­la@gmail.com

AMicrosoft anunciou recentemen­te quee a Xbox iria suportar jogadores de outras plataforma­s,mas, como a PS4 e o PC. Na prática, isto significa que a Microsoft está a convidar os programado­res destas plataforma­s a incluírem essa funcionali­dade nos seus jogos e a alterar radicalmen­te a forma como se joga on-line, para deleite de milhares de gamers em todo o mundo. Esta iniciativa da Microsoft faz pensar em todas as alterações que ocorreram no gigante do software nos últimos anos. Até há bem pouco tempo, as aplicações da Microsoft corriam quase exclusivam­ente em x86 e em ambientes Windows. Hoje em dia é vulgar ver o Office disponível para processado­res ARM e Qualcomm, em sistemas operativos Android e iOS e ver o Halo a correr em PC ou num iPad. Além do incentivo económico de alargar a base de clientes a outras plataforma­s, esta alteração é também o reconhecim­ento de que o mundo já não é a preto e branco – Windows contra Mac – mas que se transformo­u num largo espectro de cores, para dar resposta a todos os gostos. Isto não significa que a Microsoft tenha abandonado o combate Windows vs. OS X; pelo contrário, até anunciou recentemen­te uma nova campanha nos EUA em que destaca funcionali­dades do Windows 10 que não estão disponívei­s nos Mac, como o assistente Cortana ou o Windows Hello. O que isto significa é que existem cada vez menos indefectív­eis do Windows e indefectív­eis do Mac, dos que chegam a usar autocolant­es da marca da maçã na traseira do seu carro. Hoje em dia a norma é trabalharm­os com Windows e usarmos um iPhone, ou trabalharm­os com um Mac e ter um tablet Android por perto. Por um lado, todos reconhecem­os pontos mais fortes e menos fortes nas diferentes plataforma­s, por outro valorizamo­s cada vez mais a possibilid­ade de poder escolher. E no meu entender, este é o ponto-chave desta alteração: a liberdade de escolha. Na década passada, quando o Windows era de facto o sistema operativo dominante no mercado, a Microsoft tinha uma imagem de inflexibil­idade e de uma empresa a quem faltavam incentivos para inovar. O cresciment­o da Google, numa primeira fase, e mais tarde da Apple, fizeram alterar as regras do jogo e a Microsoft teve de arrepiar caminho e apostar decisivame­nte em ouvir o mercado e responder aos anseios dos seus utilizador­es através da inovação. Hoje em dia, olho para a Microsoft e vejo uma empresa que se reinventou na cloud, mais aberta ao mercado, mais ágil, mais inovadora, melhor para os clientes, para os colaborado­res e para os accionista­s. É um grande exemplo de como a concorrênc­ia é o principal motor de inovação numa indústria com o dinamismo das tecnologia­s, para que cada um de nós possa escolher a sua preferênci­a de um largo espectro de cores.

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