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CULTURA DE EXIGÊNCIA

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Agigantam-se perguntas no universo dos mercados relativame­nte à Apple. Pela primeira vez, desde 2007, o valor por acção decresce e creio que é chegadoheg­ado o momento a que eu mesmo chamo o factor ‘Wow!’. Dissecados ados os produtos correntes no portfólio de Cupertino, o rei incontesta­do continua (e continuará a ser o iPhone). Os números que têm sido tornados públicos pelo valor dos mercados emergentes continuam a ser absurdamen­te impression­antes, mas as apostas dos investidor­es não querem saber de cresciment­os segmentado­s. A Apple vai ter de se expandir e é aqui precisamen­te que incide a minha maior curiosidad­e. Mesmo que um produto como o iPhone vá sendo incrementa­do ano após ano, a Apple necessita de continuar a sua lógica de cresciment­o para responder às questões bolsistas. 2016 não deverá ser o ano em que seja esperada uma forte mudança neste estado de coisas, mas já deverá ser no próximo exercício fiscal que algo terá de acontecer. É difícil prever o que quer que seja em termos de produtos. Se uma grande parte dos analistas indica a realidade virtual como ‘the next big thing’, eu não estou muito inclinado a aceitar essa previsão como vencedora. Há rumores de que a Apple, como de costume sentada sobre uma caixa forte muito bem recheada, pode dar um passo de gigante (mais um) em direcção ao mercado de conteúdos. Há nomes sonantes a apostar que a Netflix pode, a breve trecho (e ultimament­e os rumores têm correspond­ido à realidade) ser comprada. Para isso, além da obscena quantia em jogo, a Apple teria de decidir de uma vez por todas se deixa de fazer de morta no mercado do stream de TV e, porque não, do próprio hardware terminal. Se é verdade que o ecrã é indiferent­e, o conteúdo é cada vez mais crucial na hora do on demand. É um bocadinho lapalician­o, é um facto mas não é descabido de todo. Precisamos de um ‘Wow!’. A minha única acção da companhia precisa disso. Ainda não cessaram os ecos da guerra em que se transformo­u a questão da negativa da Apple ao desbloquei­o do iPhone relacionad­o com o atentado terrorista de San Bernardino. Se é verdade que o FBI anunciou ter desbloquea­do o telefone sem a ajuda da Apple, a discussão continua entre os defensores da encriptaçã­o à prova de tudo e aqueles que (como eu) não estão dispostos a qualquer preço para que os ‘maus’ disponham das mesmas ferramenta­s dos ‘bons’ sem consequênc­ias. Começam a surgir notícias de que poderá de facto haver uma falha explorada por uma companhia israelita e a Apple tudo vai tentar para corrigir essa “porta”. Porque assim o exigirá a posição publicamen­te assumida.

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