IF IT WORKS, DON’T TRY TO FIX IT!
Prometi a mim mesmo que não iria fazer uma crónica sobre o novo iPhone. Afinal, tudo o que há para saber sobre o novo dispositivo da Apple está na secção LAB desde número da revista. Em vez disso, quero falar um pouco sobre a Samsung e o terrível mês de Setembro que teve. A marca prometeu chegar ao mercado com um equipamento que toda a crítica dizia ser o melhor Android jamais feito, o Galaxy Note 7. Mas houve uma contrariedade: afinal tinha um defeito na bateria que podia fazer com que explodisse, enquanto estava a carregar. O problema aqui foi somente um: alguém dentro da empresa sul coreana deixou-se consumir pelo medo daquilo que a Apple iria apresentar em Setembro e quis antecipar-se. Isto levou a um apressar de prazos, o que fez com que, pelo menos, a bateria ainda não estivesse no ponto certo de desenvolvimento para se poder iniciar a venda do Note 7. Isto também prova que, por vezes, ter a “coragem” de alterar funcionalidades e tecnologias provadas (que sempre funcionaram) em nome de um suposto avanço tecnológico, que não passa afinal de um expediente comercial, tem boas hipóteses de falhar, mais cedo ou mais tarde, e assim criar frustração nos utilizadores. Se a Samsung não tivesse seguido a tendência de selar a bateria dentro do dispositivo, podia ter substituído facilmente as que estavam defeituosas (ou mesmo todas) sem gastar nem um décimo do dinheiro que teve de gastar a fazer um recall mundial de todos os equipamentos. Transpondo isto para os automóveis: quantos protótipos de pneus inovadores já foram anunciados? Aqueles que não usam ar, feitos de materiais alternativos, às cores, etc. Quantos é que andam a circular? Pois...