Os próximos 10
Há precisamente dez anos a Apple lançounçou o iPhone e o mundo mudou. A propósito da efeméride, os meios de tecnologia, os blogues especializados e as redes sociais encheram-se de evocações, recuperaram a apresentação original de Steve Jobs, compararam a versão original do iPhone com a versão actual e, de alguma forma, todos tentaram passar a ideia de quanto as coisas mudaram em dez anos. Cabe aqui fazer uma vénia à empresa da maçã que conseguiu uma década de ouro, com o lançamento de produtos icónicos que deram origem a novas categorias como o iPod, o iPhone e o iPad. Se para a Apple o iPhone se tornou o principal produto gerador de receita e a elevou ao estatuto de empresa mais valiosa do mundo, para o cidadão comum o smartphone teve um efeito não menos impactante no seu estilo de vida. E qual a perspectiva para os próximos dez anos? Não tenho dúvida de que vamos assistir a desenvolvimentos da tecnologia em áreas como a inteligência artificial, a condução autónoma, a impressão 3D, a robótica e realidade aumentada ou virtual. Também não tenho dúvidas de que a Apple vai querer estar na linha da frente de todas estas áreas e de que vai ter soluções premium para os consumidores em todos estes domínios. Do que duvido é que seja capaz de lançar produtos tão inovadores e disruptivos como os que lançou na última década. E a explicação é simples: é impossível ser especialista em múltiplas áreas. À medida que a tecnologia ganha complexidade e são adicionadas mais funcionalidades aos dispositivos, começam a aparecer entidades que começam a desafiar os jogadores que já estão sentados à mesa. Foi o que aconteceu com a Netscape e a Microsoft, o MySpace e o Facebook ou a Nokia e a Apple. Começam a aparecer sinais que a tecnologia da Apple já não está no topo: o Spotify a desafiar o iTunes, os Hololens da Microsoft na vanguarda da realidade aumentada e a Alexa, a assistente pessoal da Amazon, a desafiar a Siri. Estará a indústria dos smartphones a caminhar para o modelo de especialização da Indústria dos PC? E nesse caso a questão é: quem vai a ser a Apple dos próximos dez anos?
Não tenho dúvida de que vamos assistir a desenvolvimentos da tecnologia em áreas como a inteligência artificial, a condução autónoma, a impressão 3D, a robótica e realidade aumentada ou virtual.