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INTEL CORE i7-7700K KABY LAKE

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Asétima geração de processado­res Core da Intel acaba de chegar com o nome de código Kaby Lake. Recorrendo ao mesmo processo de fabrico de 14 nm, o mesmo utilizado pelos anteriores Broadwell e SkyLake, a nova série de processado­res tira partido das optimizaçõ­es que a Intel foi aplicando na produção dos mesmos. Isto serve para garantir que, usando o mesmo processo, se consegue obter maior rentabilid­ade das bolachas com os chips produzidos, bem como a possibilid­ade de os tornar mais eficientes e mais rápidos. Mas não espere mudanças radicais, já que face ao seu antecessor, o Intel Core i7-6700k, as diferenças em termos de velocidade são de apenas 200 MHz em modo normal e de 300, com o modo Turbo Boost 2.0. Curiosamen­te, embora tenha sido aumentada a velocidade, o consumo e o calor gerado mantiveram-se intactos, fruto das referidas optimizaçõ­es ao processo de fabrico.

GRÁFICOS INTEGRADOS

Se no processado­r as novidades são poucas e quase insignific­antes, na controlado­ra gráfica as mudanças são bem mais interessan­tes, especialme­nte do ponto de vista do utilizador. A nova controlado­ra, Intel HD Graphics 630, recebeu importante­s melhorias em termos de compatibil­idade com a aceleração de descodific­ação de vídeo por hardware, como o suporte para as normas 4K HEVC Main10, suporte de conteúdos de 10 bits, codec Google VP9, h265 e HDCP 2.2, embora este último não seja compatível com a interface HDMI 2.0. Isto permite tornar a controlado­ra gráfica interna mais que capaz para descodific­ar, por hardware, os conteúdos Ultra HD provenient­es de serviços de streaming como o Netflix, mesmo que sejam acedidos apenas através de HTML 5, em navegadore­s como o Google Chrome e o Microsoft Edge. De resto, esta nova GPU utiliza o esquema mais completo de soluções de gráficos integrados GT4e, ou seja, uma GPU com 72 unidades de execução com uma velocidade variável de 350 a 1150 MHz e um suporte máximo de 64 GB de memória partilhada com o sistema. Outra alteração é oanunciado fim das ligações de saída analógicas, passando apenas a ser compatível com as digitais HDMI 2.0 e DisplayPor­t 1.2, esta última podendo chegar ao Ultra HD a 60 Hz, como resolução máxima.

MOTHERBOAR­DS “VESTIDAS” A RIGOR

Embora os chipsets da série 100 da Intel sejam totalmente compatívei­s com os novos Kaby Lake (através de uma actualizaç­ão da BIOS), a Intel optou por lançar a nova série 200, com a chegada dos novos Intel H270 e Z270. Tal como na anterior série, o Z270 é o chipset indicado para os entusiasta­s, ao oferecer ligeiras melhorias que

permitam tirar maior partido dos componente­s do seu PC PC. Face à anterioran­teri geração, apenas temos a destacar a disponibil­ização de mais canais PCIe para ligações USB 3.1 adicionais e portas M.2, bem como a compatibil­idade com mais funcionali­dades, como a Intel Optane Memory, uma tecnologia que permitirá, no futuro, revolucion­ar o modo de armazename­nto dos seus dados, ao usar unidades semelhante­s a um SSD como cache. Mas, para já, decidimos testar duas motherboar­ds equipadas com o chipset de topo, o Z270: Asus ROG Maximus IX Code e Asus ROG Strix Z270G Gaming. Tecnicamen­te, além das diferenças em termos de formato, que obrigam a ajustar o tipo de ligações internas disponívei­s, como as portas PCI-Express disponívei­s, estas motherboar­ds diferencia­m-se pelo circuito de alimentaçã­o reforçado no caso da Maximus IX Code, bem como nas definições disponívei­s através da BIOS, que permitem tirar maior partido das capacidade­s de overclock do sistema, sejam eles processado­r ou memórias. Visualment­e, são ambas impression­antes, com a Maximus IX Code a distinguir-se pela estrutura do escudo de protecção térmica (evita que o calor gerado pela placa gráfica afecte a motherboar­d) e pelo maior número de ligações disponívei­s. Já a ROG Strix Z270G Gaming tem um layout bastante atraente, com a cor preta a dominar em todos os elementos (desde dissipador­es a encaixes e elementos electrónic­os).

TESTES

Ao usar ambas as motherboar­ds para testar o novo processado­r Intel Core i7-7700K, juntamente com um disco SSD e o Windows 10 Pro de 64 bits, os resultados obtidos não nos surpreende­ram, face ao que já tínhamos presenciad­o no seu antecessor, o Core i7-6700K. Embora seja verdade que os resultados demonstram estarmos perante o processado­r de consumo mais rápido de sempre da Intel, caso tenha um sistema SkyLake, as diferenças não justificam o investimen­to na actualizaç­ão do seu sistema. Relativame­nte às motherboar­ds, ambas têm um desempenho excepciona­l e tiram pleno partido das capacidade­s dos novos Kaby Lake, embora sejam destinadas a utilizador­es distintos. Enquanto a ROG Strix Z270G Gaming é mais indicada para criar um computador de gaming de alto desempenho, a ROG Maximus IX Code será ideal para os utilizador­es que se queiram aventurar no overclock. Depois deste teste, fiquei com a certeza de que a concorrênc­ia faz mesmo falta ao mercado e de que a AMD precisa, com alguma urgência, de lançar o futur Ryzen, para ver se espevita o mercado. E este será o momento ideal porque, para já, a ideia que fica depois este lançamento da sétima geração Intel Core i7, é que a empresa já desistiu de se esforçar, pelo menos no campo dos processado­res. As melhorias são insignific­antes, tal como a atitude da Intel, especialme­nte da representa­ção nacional, que nos obrigou a recorrer à PCDiga para obtermos este exemplar. G.D.

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