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GRAVITY RUSH2

Bomba japonesa anti-gravidade!

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Quando me pediram para testar Gravity Rush 2, e depois de ter visto alguns vídeos para me inteirar da série que saiu originalme­nte para a defunta PS Vita em 2012, temi o pior. Este estilo de animação japonesa, com diálogos intermináv­eis, música algo irritante e gritinhos estridente­s durante os combates afasta qualquer pessoa que prefere FIFA 17, GTA V, Battlefiel­d. No primeiro jogo, tal como neste segundo, a nossa heroína é Kat. A teenager tem um dom que a faz destacar-se dos seus pares: consegue controlar a gravidade (há três estilos à escolha, com várias capacidade­s), um poder que lhe é dado por um gato preto, Dusty, que parece o Luna da BD Sailor Moon. Em Gravity Rush 2, a história começa onde a do jogo anterior acaba, ao que parece. Depois de um período em que algo corre mal numa mina, o jogo entra no aborrecido período de tutorial onde apenas nos é ensinado uma coisa: a saltar; para fugirg da tal mina, , onde tudo se começa a desmoronar desmoronar. É então que chegamos ao sítio que os fãs já conheciam do jogo anterior: Hekseville, uma cidade flutuante que parece um porto para barcos voadores, repleta de pontes que ligam pequenas ilhas umas às outras. É aqui que se vê mesmo a influência do estilo de jogos nipónicos: diálogos extensos em balões onde só aparece fazer ‘Skip’ e depois esperar pelo indicador no ecrã que nos mostra onde ir. Durante os primeiros minutos, portanto, é ir saltando tipo canguru por entre vários locais de Hekseville e falar com alguns habitantes para saber do paradeiro de uma rapariga, Cecei, que está prestes a meter-se em sarilhos. Logo que a encontramo­s, desce dos céus uma mão negra, que parece feita em borracha, acompanhad­a por uma espécie de polvos que nos tentam atacar - acham mesmo que um jogo destes iria passar sem meter tentáculos? Apesar de este tipo de jogo não me cair no goto, tenho de dar a mão à palmatória: os gráficos, apesar de não serem realistas, têm aquele toque onírico que nos transporta para uma realidade fantástica e envolvente. A jogabilida­de é quase perfeita e depois de nos habituarmo­s a controlar bem o domínio da gravidade de Kat (com alguns problemas de posicionam­ento da câmara, é certo), os seus voos e ataques, ficamos viciados em Gravity Rush 3. A história, para quem gosta destas japonesice­s, será como ler um livro de Murakami no Shinjuku Gyoen, em Tóquio. R.D.

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