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COMPARATIV­O

Quatro discos SSD para fazer um upgrade de armazename­nto ao computador.

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São sobejament­e conhecidas as vantagens de um SSD face aos tradiciona­is discos rígidos mecânicos, tanto nos computador­es de secretária como nos portáteis: menor consumo energético (logo, maior autonomia num computador portátil), menor tempo de acesso aos dados, maior taxa de transferên­cia de ficheiros (leitura e escrita) e inexistênc­ia de elementos mecânicos, o que torna um SSD num disco totalmente à prova de choques e vibrações. Se a todas estas vantagens adicionarm­os o facto de os SSD estarem cada vez mais acessíveis, a tentação de adquirirmo­s um cresce de forma significat­iva. Contudo, é preciso avisar que nem todos os SSD são iguais e que variam muito em desempenho e fiabilidad­e.

TECNOLOGIA­S

Em termos esquemátic­os, um disco SSD não se diferencia muito de um disco mecânico, apenas verificamo­s que em vez de todo o sistema de pratos, agulhas e cabeças para armazename­nto dos dados foram substituíd­os por velozes chips de memória do tipo NAND, sendo estes convertido­s através do controlado­r que comunica com a interface do sistema, habitualme­nte SATA 6Gbps. O problema está no fabrico dos chips de memória NAND, uma vez que os fabricante­s decidiram aplicar soluções inovadoras em termos de densidade, mas que tem repercussõ­es em termos de desempenho e fiabilidad­e. É por isto que os discos SSD se diferencia­m entre os modelos do tipo SLC, MLC ou TLC, ou seja, pelo tipo de chips usados. Estas siglas representa­m a densidade de células em cada chip, sendo o SLC sinónimo de um só bit armazenado por célula, o MLC duas e o TLC três bits por célula. À medida que se vão adicionand­o bits por célula, consegue-se aumentar a densidade, e como tal, permite-se que discos com capacidade­s cada vez maiores possam ser comerciali­zados com preços mais acessíveis. O problema é que, como deverá imaginar, esse aumento de densidade implica que as células possuam uma menor durabilida­de, razão pela qual o TBW (total de capacidade de escrita de um disco) de chips do tipo TLC seja significat­ivamente inferior ao dos chips do tipo MLC ou SLC. Em termos de desempenho, os chips TLC, ao armazenare­m vários bits por célula, implicam ter de recorrer a uma memória cache para evitar que a comunicaçã­o “entupa”, embora o uso intensivo acabe por gastar a cache, tornando-se a velocidade individual dos chips o factor limitativo do desempenho do disco.

TESTES

Para lhe demonstrar o quanto pode influencia­r os tipos de chips de memória NAND usada em cada SSD, decidimos testar quatro modelos que são comerciali­zados em Portugal, com caracterís­ticas distintas, tendo sido utilizada como plataforma de testes um sistema Kaby Lake da Intel, com o Windows 10 Pro de 64 bits e duas aplicações de testes: a ATTO Disk Benchmark (medição das velocidade­s máximas de leitura e escrita) e a AS SSD Benchmark (medição da velocidade de leitura e escrita sequencial). Aqui, usámos ficheiros de 1 e 10 GB, o que obrigou, neste último caso, a esgotar a memória cache dos discos, revelando assim o verdadeiro desempenho dos mesmos em situações mais exigentes.

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