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FUJIFILM X-T2

- G. Dias

Testar uma máquina nova de topo da Fujifilm é uma experiênci­a apaixonant­e, pois não se trata de um produto que pretende rivalizar com modelos da Canon, Nikon ou Panasonic, mas sim melhorar o que já existe na própria marca. Tal como aconteceu com a X-Pro2, que veio substituir uma máquina com quatro anos de mercado, a X-T2 tem como objectivo melhorar a experiênci­a de quem tem (ou teve) o prazer de trabalhar com a X-T1. Com esta máquina, a Fujifilm conseguiu aproveitar a fórmula de sucesso da X-Pro2, ao recuperar o recém-lançado sensor CMOS X-Trans III, do tipo APS-C com 24,3 MP, bem como do X-Processor Pro. Este sensor tem a particular­idade de permitir captar imagens de elevada qualidade, aumentar a sensibilid­ade, que passa agora para 200 - 12 800 (expansível a 100- 51 200) e novo sistema de focagem automática. Este sistema, que utiliza um princípio de funcioname­nto do tipo híbrido, conta com 169 pontos de focagem do tipo detecção de fases e por contraste, sendo complement­ado por duas grelhas adicionais com pontos de detecção de contraste, criando assim um total de 325 pontos de focagem. Além da elevada cobertura, este sistema tem a particular­idade de ter um excelente desempenho, permitindo, assim, à X-T2 ser utilizada como uma câmara de alta velocidade, graças ao total de oito fotogramas por segundo. O vídeo não foi esquecido, sendo esta a máquina Fujifilm mais completa neste campo, até ao momento: capta vídeo 4K até trinta fotogramas por segundo.

CORPO AJUSTÁVEL

Recorrendo a um corpo de desenho retro retro, usar a X-T2 é um autêntico prazer para qualquer entusiasta, graças ao acesso imediato aos principais comandos mecânicos necessário­s para ajustar o resultado das suas fotografia­s de acordo com as suas preferênci­as. Com uma liga de magnésio e isolamento de elementos (poeiras e humidades), esta máquina consegue ser surpreende­ntemente leve, mesmo quando acompanhad­a pelas excelentes objectivas Fujinon, como a XF 23mm f/1.4 R que pedimos para usar. Através dos comandos disponívei­s, poderá ajustar o modo de exposição, velocidade do obturador, sensibilid­ade ISO e modo de medição, estando estes acompanhad­os por um botão que permite bloquear os comandos mecânicos, evitando pequenos acidentes como mudar o modo sem querer. No painel traseiro destaca-se a incorporaç­ão de um original ecrã de três polegadas ajustável em três eixos, um peculiar joystick para escolha imediata do ponto de focagem (como a Canon usa nas EOS 5D Mark IV e 1Dx Mark II) e um brilhante visor electrónic­o OLED que melhorou significat­ivamente em todos os parâmetros parâmetros. Embora mantenha a mesm mesma resolução (2,36 milhões de pontos), passa a ser mais rápido com 60 fps e a duplicar o brilho face ao ecrã usado na X-T1, contando com um sistema de ajuste de brilho automático para poupar bateria.

ACTUALIZAÇ­ÃO

Através do punho adicional (VPB-XT2), poderá activar o modo Boost, que permite aumentar a velocidade de vários parâmetros: da imagem reproduzid­a no visor electrónic­o, do sistema de focagem automática, da captação de imagens em modo contínuo (de 8 para 11 fotogramas por segundo); o modo Boost também vai alargar o tempo de gravação de vídeo em 4K de dez para trinta minutos). Este punho permite ainda adicionar ligações como uma saída HDMI e uma entrada jack para um microfone externo, bem como aumentar a autonomia da máquina, de forma significat­iva, uma vez que permite armazenar duas baterias que podem funcionar em conjunto com a terceira bateria inserida na câmara.

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