TECNOLOGIA EM MOVIMENTO
O que vale mais: marketing ou as verdadeiras capacidades dos produtos?
Com a apresentação das novas gamas de televisores, cheguei à conclusão de que o mercado é movido por quem conseguir fazer melhor trabalho de marketing e não pelas características ou capacidades dos produtos. Vejam-se os exemplos da Samsung e da LG, com a primeira a optar por mudar o nome dos televisores topo de gama, de Quantum Dot para QLED, numa espécie de alusão aos OLED da LG, que são, e aparentemente continuarão a ser, os melhores ecrãs do mercado. Até o próprio logótipo parece ter sido criado para ajudar à confusão. Por outro lado, a LG responde com uma original referência à designação dos televisores de gama média alta da Samsung, através da designação Super UHD, deveras similar ao utilizado pela Samsung, que usa a designação SUHD. Já os rivais nipónicos mantêm-se no mundo deles, embora também tenham alguns truques na manga, no que toca a termos e tecnologias usadas. Por exemplo, as designações UltraHD HDR Pro da Panasonic e da Sony, em nada ajudam a quem queira descobrir se isso significa que os televisores são compatíveis com as normas como HDR10, que implica que os televisores cumpram determinados requisitos para comportarem essa norma. Faz falta uma entidade internacional independente que estabeleça as normas e que obrigue os fabricantes a terem de usar essas designações na descrição, evitando confusões e equívocos. Não acredita no que digo? Veja o exemplo dos televisores UltraHD com HDR que sejam compatíveis com a nova consola PS4 Pro. Nunca houve tanta confusão como existe hoje e a própria Sony é culpada disso, ao comercializar televisores que afirmam ser compatíveis e depois ou não são suportados ou funcionam de forma irregular, com baixas frame rates e irregularidades na imagem. Estas situações têm de acabar quanto antes, uma vez que o consumidor merece respeito e não ser enganado por estas constantes jogadas de marketing.